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“A população sofre”: Wilker Barreto denuncia abandono do Governo do AM nos programas ‘Melhor em Casa’ e ‘Pé Diabético’; veja vídeo

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“A população sofre”: Wilker Barreto denuncia abandono do Governo do AM nos programas ‘Melhor em Casa’ e ‘Pé Diabético’; veja vídeo

Manaus – O deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) voltou a criticar duramente o Governo do Amazonas pelo que classificou como “abandono” dos programas de assistência domiciliar Melhor em Casa e Pé Diabético. Durante pronunciamento nesta quarta-feira (2/4), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o parlamentar denunciou o desmonte dos serviços e a desassistência a centenas de pacientes que dependem de atendimento especializado em casa.

Segundo Wilker, embora o governo faça campanhas publicitárias divulgando o pleno funcionamento dos programas, a realidade vivida por pacientes e profissionais da saúde é completamente diferente.

“Não é de hoje que eu recebo representantes do Melhor em Casa. É um programa bom, mas que está sendo maltratado. O governo faz propaganda que, para mim, é caluniosa. Mais de 300 profissionais foram demitidos com cinco meses de salário atrasado. Isso é desumano”, afirmou.

Profissionais demitidos e serviços interrompidos

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Privada do Amazonas (SindPriv-AM), enfermeira Graciete Mousinho, denuncia que os funcionários terceirizados não apenas foram desligados sem receber os salários atrasados, como também ficaram sem benefícios básicos — como vale-alimentação, vale-transporte e o 13º de 2024 — mesmo com descontos feitos em folha.

Situação semelhante atinge o programa Pé Diabético, vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). O serviço, antes oferecido em seis policlínicas de Manaus e essencial para o tratamento de pacientes com úlceras nos pés, também foi paralisado após a demissão de equipes multiprofissionais especializadas.

Pacientes desamparados

Durante o discurso, Wilker Barreto apresentou depoimentos que expõem o drama de famílias afetadas pela interrupção dos programas. Uma delas é a de Kátia Lima, mãe de um jovem de 21 anos com sequelas neurológicas que dependia do Melhor em Casa para acompanhamento médico e fisioterapêutico.

“Essa é a realidade do Melhor em Casa que o governo quer esconder. A propaganda não paga cuidador, não faz curativo, não alivia dor”, criticou o deputado.

Outro relato foi o de Maria do Socorro Leite, paciente hipertensa com úlcera nos pés e que participou da campanha oficial do Pé Diabético. Ela lembrou do atendimento humanizado que recebia, com acompanhamento de enfermeiros, nutricionistas e psicólogos — benefício que deixou de ter.

“Era uma maravilha no começo. Consegui emagrecer, minha pressão baixou, as enfermeiras tratavam a gente muito bem. Agora acabou”, desabafou.

Acusações de propaganda enganosa

Wilker classificou o material publicitário do governo como “insensível” e “mentiroso”, afirmando que o Estado estaria maquiando uma crise na saúde pública enquanto pacientes agonizam sem atendimento.

“Esse comercial oficial é de uma cara de pau sem precedentes. A mesma senhora que gravou propaganda agora pede ajuda porque o programa parou”, disse.

Cobranças e providências

O parlamentar afirmou que acionará a Promotoria de Saúde para investigar a situação e cobrar o pagamento dos profissionais dispensados e a retomada imediata dos serviços.

“O que eu peço é normalização. Não é voltar empresa, é pagar quem trabalhou e restabelecer os programas. Para onde está indo o dinheiro do contribuinte?”, questionou.

Enquanto o governo ainda não se posiciona oficialmente sobre as denúncias, famílias que dependiam dos serviços seguem sem respostas — e sem assistência.



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