Tragédia: churrasco em família termina com três mortos por intoxicação por metanol
Brasil – O que era para ser um encontro familiar de apresentação do novo namorado acabou se transformando em tragédia. Um churrasco em Osasco, na Grande São Paulo, terminou com três pessoas da mesma família mortas por intoxicação por metanol presente em bebidas alcoólicas. Entre as vítimas está Jhenifer Carolina dos Santos Gomes, de 27 anos, mãe de duas crianças pequenas.
O evento, realizado no início de setembro, tinha como objetivo apresentar o novo companheiro de Jhenifer, Cleiton da Silva Conrado, de 25 anos, aos parentes. Em clima de descontração, o casal foi até uma adega da cidade acompanhado da prima de Jhenifer, Josielle, e do marido dela, Daniel Antonio Francisco Ferreira, de 23 anos, para comprar bebidas.
Dos quatro, apenas Josielle não ingeriu o líquido — e foi a única sobrevivente.
Horas depois, Jhenifer e Cleiton foram encontrados desacordados na casa onde acontecia o churrasco. Ela chegou a ser levada para o hospital, mas morreu logo em seguida. Cleiton já estava sem vida quando o Samu chegou. Daniel, o marido da prima, também não resistiu e foi o primeiro dos três a ter a contaminação por metanol confirmada.
O caso de Osasco faz parte do surto de intoxicações por metanol que atinge o estado de São Paulo desde setembro. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), já foram confirmados 44 casos, incluindo nove mortes. Outras 14 ocorrências ainda estão sob investigação.
Entre as vítimas fatais confirmadas estão:
- Ricardo Lopes Mira, 54 anos, empresário do setor de plásticos, de São Paulo;
- Marcos Antônio Jorge Junior, 46 anos, amigo de Ricardo, também da capital;
- Marcelo Lombardi, 45 anos, advogado, de São Caetano do Sul;
- Bruna Araújo, 30 anos, de São Bernardo do Campo;
- Daniel Antonio Francisco Ferreira, 23 anos, de Osasco;
- Leonardo Anderson, 37 anos, de Jundiaí;
- Cleiton da Silva Conrado, 25 anos, de Osasco;
- Rafael dos Anjos Martins Silva, 28 anos, que ficou 53 dias internado após ingerir gin contaminado;
- Jhenifer Carolina dos Santos Gomes, 27 anos, também de Osasco.
O metanol, uma substância altamente tóxica usada em combustíveis e produtos industriais, nunca deve ser utilizada em bebidas. Quando ingerido, pode causar cegueira, parada respiratória e morte.
A Polícia Civil e a Vigilância Sanitária seguem investigando a origem das bebidas adulteradas e os responsáveis pela contaminação. Enquanto isso, a SES reforça o alerta à população: somente bebidas com procedência verificada e selo fiscal devem ser consumidas.
A tragédia em Osasco escancara o risco do comércio ilegal de bebidas e o impacto devastador que o metanol pode causar — um perigo invisível que, em questão de horas, destruiu uma família inteira.



