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Sob pressão do governo, Petrobras acelera exploração na Amazônia

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Brasil – Na última segunda-feira (17/2), a Petrobras enfrentou mais um capítulo na pressão por licenças ambientais para a exploração de petróleo na Amazônia, especificamente no litoral do Amapá. A presidente da estatal, Magda Chambriard, reafirmou a capacidade da empresa de conduzir o projeto com segurança ambiental. “Sendo possível a licença, teremos no Amapá o melhor aparato de resposta a emergências já visto no mundo”, declarou Magda, enfatizando a urgência de reposição das reservas de petróleo do Brasil. “É urgente, e isso só será possível se começarmos a explorar novas fronteiras”, complementou.

A pressão para acelerar o processo de licenciamento veio diretamente do governo federal. Após uma visita ao Amapá, o presidente Lula da Silva criticou a demora na avaliação da licença para o bloco 59 da Bacia Foz do Amazonas, chamando-a de “lenga-lenga”. A declaração do presidente reforçou a necessidade de ação imediata para explorar novas reservas, considerando que a produção do pré-sal está prevista para declinar no início da próxima década.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou essa urgência em uma declaração feita durante um evento da Petrobras em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. “A Petrobras já entregou todos os documentos necessários ao Ibama e chegou a hora de virar essa chave”, disse Silveira. Ele argumentou que a questão do petróleo é de demanda, não de oferta, e enquanto houver demanda, a Petrobras está apta a fornecer petróleo, gás e biocombustíveis.
Silveira também sugeriu, sem apresentar dados concretos, que as reservas na região Amazônica poderiam ser “talvez maiores do que o pré-sal”, destacando o crescimento econômico que países vizinhos obtiveram com a exploração de suas reservas.

A disputa pela licença ambiental reflete um dilema entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental, com a Petrobras e o governo federal pressionando para que o Brasil aproveite suas reservas de petróleo, enquanto ambientalistas e organizações não governamentais questionam os impactos ambientais de tal exploração em uma área tão sensível como a Amazônia.

A decisão sobre a licença ambiental continuará sendo um ponto de tensão e debate, com implicações significativas para o futuro energético e ambiental do Brasil.





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