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Shoppings de Manaus desafiam crise nacional e impulsionam economia de consumo no fim de ano

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Shoppings de Manaus desafiam crise nacional e impulsionam economia de consumo no fim de ano

Manaus – Enquanto o Brasil enfrenta o esvaziamento dos shopping centers — com a perda de 26 milhões de visitantes desde 2019 —, Manaus segue na direção oposta. Na capital amazonense, os shoppings prosperam, ampliam operações e se consolidam como o novo motor do consumo e da geração de empregos na Amazônia.

O que poderia parecer uma exceção é, na verdade, o reflexo de uma economia sólida e de um comportamento de consumo próprio da região. Protegido pela força do Polo Industrial de Manaus (PIM) e pelos incentivos da Zona Franca, o Amazonas vive uma realidade distinta do restante do país: crescimento acima da média, renda estável e uma classe média industrial em plena expansão.

Polo Industrial mantém a engrenagem acesa

O PIM faturou R$ 204,39 bilhões em 2024, um salto de 16,2% em relação ao ano anterior. Enquanto a indústria nacional sofre com juros altos e endividamento das famílias, o setor produtivo amazonense continua contratando e expandindo.
Com isso, a taxa de desemprego local caiu para 8,4%, a menor da história, e 55,9% da população ativa está formalmente empregada — garantindo renda estável e poder de compra crescente.

Isolamento geográfico vira vantagem

O que antes era um desafio logístico se tornou um trunfo. No Amazonas, o e-commerce enfrenta fretes mais caros e prazos de entrega de até 30 dias, o que fortalece o varejo físico. Além disso, muitos produtos fabricados na Zona Franca chegam às prateleiras locais mais baratos do que em outras regiões do Brasil, estimulando o consumo presencial.

Com temperaturas médias de 27°C e umidade constante, os shoppings de Manaus também funcionam como espaços de lazer, trabalho e refúgio climático. Cerca de 60% dos visitantes não entram com a intenção de comprar, mas acabam consumindo durante a visita — uma dinâmica que mantém o fluxo constante de público.

Classe média em ascensão e espaço para crescer

A nova classe média industrial, formada por profissionais do PIM entre 28 e 45 anos, movimenta o setor de serviços e entretenimento. Shoppings modernos se adaptam a esse perfil, com áreas de coworking, praças de alimentação ampliadas e eventos culturais que valorizam a identidade amazônica.

Além disso, o mercado local ainda está longe da saturação: há um shopping para cada 230 a 290 mil habitantes — proporção muito inferior à de São Paulo, o que indica espaço real para expansão nos próximos anos.

Futuro promissor

As projeções apontam que entre 2025 e 2030, Manaus deve inaugurar de 3 a 5 novos shoppings, além de reformas estruturais em empreendimentos existentes. O crescimento do setor deve se manter entre 4% e 6% ao ano, acima da média nacional.

Com mais de 20 mil empregos diretos e indiretos, arrecadação anual de até R$ 600 milhões em impostos e faturamento superior a R$ 4 bilhões, os shoppings de Manaus deixaram de ser apenas centros comerciais — tornaram-se símbolos de prosperidade, modernização e integração econômica da Amazônia.



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