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Governo projeta dívida bruta em 71,9% do PIB em 2016

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BRASÍLIA – A equipe econômica estima que a dívida bruta – principal indicador de solvência observado pelo mercado financeiro – vai encerrar 2016 em 71,9% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país). O valor subirá para 72,5% do PIB em 2017 e só cairá a partir de 2018, quando o estoque terminará o ano em 71,3% do PIB. As novas projeções estão no projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, encaminhado ao Congresso nesta segunda-feira.

Diante da forte queda na arrecadação e do engessamento das despesas públicas, o governo já sabe que não terá condições de realizar o esforço fiscal prometido para este ano e, por isso, foi obrigado ao pedir ao Legislativo para mudar a LDO. O projeto reduz a meta de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) da União de R$ 24 bilhões (0,39% do PIB) para R$ 2,8 bilhões (0,04% do PIB).

Essa deterioração fiscal impacta os indicadores de endividamento. Pelos critérios em vigor, a dívida bruta não bateria o patamar de 70% do PIB. Ficaria em 66,4% em 2016, passando para 66,3% em 2017 e depois cairia para 65,6% do PIB em 2018. No caso da dívida líquida, a projeção anterior era de 37,8% do PIB este ano, 38,4% em 2017 e 38% em 2018. Agora, com um horizonte mais negativo, a trajetória estimada é de 39% do PIB em 2016, batendo em 40% em 2017 e voltando a 39,5% em 2018.

NÚMERO PODE SER AINDA PIOR

Mas esse não é o pior cenário. No projeto encaminhado ao Congresso, o governo também quer abater R$ 99,45 bilhões em frustração de receitas e aumentos de despesas da meta de R$ 2,8 bilhões. Assim, na prática, o resultado do ano pode ser um déficit primário de R$ 96,65 bilhões (1,55% do PIB). Isso tornaria a trajetória da dívida ainda mais negativa.

MENOS CRESCIMENTO E MAIS INFLAÇÃO

No documento, a equipe econômica também piorou suas projeções para os principais indicadores econômicos. O PIB, por exemplo, terá retração de 3,1% em 2016. Anteriormente, a queda estimada era de 1,9%. Para 2017, o valor esperado passou de um crescimento de 1,8% para 1%. Para 2018, no entanto, há mais otimismo. O valor esperado de crescimento passou de 2,1% para 2,9%. No caso da inflação, a taxa esperada agora é de 7,44% (contra 6,47% anteriormente) em 2016, 6% (contra 4,5% anteriormente) em 2017 e 5,44% (contra 4,5% anteriormente) em 2018.



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