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Dólar bate R$ 3,68 e Bolsa cai 2,5% com política, BC e queda das commodities

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RIO – O dólar comercial opera em alta de 1,582% contra o real nesta quarta-feira, reagindo ao noticiário político, ao aumento da compra de dólares pelo Banco Central (BC) e ao movimento da moeda no exterior. A divisa é negociada a R$ 3,658 para compra e R$ 3,660 para venda. Na máxima, a divisa atingiu R$ 3,680. No mercado acionário, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra queda de 2,42%, aos 49.773 pontos, também impactada pela desvalorização das commodities.

No campo político, a notícia de maior impacto segundo analistas foi a do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que o juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava-Jato na primeira instância, envie para o tribunal as investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também decretou o sigilo das interceptações telefônicas que foram divulgadas por Moro na semana passada.

Para Hersz Ferman, analista da Elite Corretora, o cenário político é o principal responsável pela queda do Ibovespa nesta quarta-feira, mas ele admite que a desvalorização das principais commodities dá um tom negativo ao mercado internacional hoje.

— O mercado financeiro não viu com bons olhos a decisão do ministro Teori Zavascki ontem à noite. A interpretação é que ela torna mais difícil a prisão do ex-presidente Lula, esperada por alguns e que desestabilizaria ainda mais o governo Dilma — observou Ferman. — A verdade é que, enquanto os preços das ações dispararam nas últimas semanas, o cenário econômico não mudou muito. Logo, enquanto não houver novidades quanto a isso, fica difícil para a Bolsa seguir subindo.

No início da tarde, mexeu ainda mais com o mercado reportagens sobre planilhas apreendidas pela Polícia Federal que listam doações feitas pelo Grupo Odebrecht a mais de 200 políticos do país. Depois de a lista ter sido noticiada, o dólar atingiu máxima de R$ 3,680.

BC AUMENTA COMPRA DE DÓLARES

No câmbio, o BC oferece hoje até 20 mil contratos swap reverso, que equivale à compra de dólares no mercado futuro, o que serve para fortalecer a moeda americana. Ontem, o leilão do BC foi de 10 mil contratos e não conseguiu conter a desvalorização do dólar, que caiu 0,22% frente ao real. Hoje, o BC também reduziu a rolagem de contratos de swap cambial — a venda de dólares no mercado futuro — que estão vencendo, de 3,6 mil para 2 mil.

No exterior, o dólar sobe 0,48% contra uma cesta de dez divisas, de acordo com o índice Dollar Spot, da Bloomberg. A moeda se fortalece depois de Charles Evans, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Chicago ter afirmado que ele prevê mais duas altas de juros nos EUA este ano. Parcela do mercado já contava com apenas uma elevação, e Evans era tido até agora como favorável a uma política monetária mais frouxa, daí a surpresa dos investidores.

EUA TÊM MAIOR ESTOQUE DE PETRÓLEO EM 86 ANOS

Na Europa, as ações operam em leve alta. O índice de referência do continente, o Euro Stoxx 50, avança 0,29%, enquanto a Bolsa de Londres registra valorização de 0,1%, Em Paris a alta é de 0,21%, e em Frankfurt, de 0,57%. Nos EUA, o Dow Jones cai 0,25%, e o Nasdaq recua 0,36%.

Na Bolsa brasileira, as principais ações operam em baixa. A Petrobras ON (com direito a voto) tem baixa de 4,38% (R$ 10,02), enquanto a PN (sem voto) cai 3,20% (R$ 7,85). Além das razões políticas, a estatal é influenciada pela queda de 2,51% no barril de petróleo do tipo Brent, cuja cotação está em US$ 40,72.

O preço do produto reage a dados divulgados pela Administração de Informação Energética dos EUA (EIA, na sigla em inglês) segundo os quais os estoques de petróleo naquele país atingiram 532,5 milhões de barris, mais nível desde 1930. A principal razão foi o aumento de 9% nas importações da commodity.

A Vale ON registra desvalorização de 0,64% (R$ 15,33), e a PNA cai 1,50% (R$ 11,13). Hoje a cotação da tonelada do minério de ferro recuou 0,84% na China, para US$ 57,87.

Entre os bancos, o Banco do Brasil desvaloriza-se em 2,89% (R$ 19,81), enquanto o Bradesco PN cai 2,31% (R$ 26,97). O Itaú Unibanco tem baixa de 2,62% (R$ 31,50), e o Santander, de 1,88% (R$ 17,17).



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