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Sob comando de Alessandra Campelo, SEAS usa R$ 48 milhões da assistência social para beneficiar empresário aliado

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Sob comando de Alessandra Campelo, SEAS usa R$ 48 milhões da assistência social para beneficiar empresário aliado

Manaus – O dinheiro que deveria aliviar a miséria no Amazonas acabou servindo para fortalecer os negócios de um amigo da cúpula da Secretaria de Estado de Assistência Social (SEAS). Documentos oficiais do próprio governo revelam que a pasta, controlada pela deputada Alessandra Campelo (Podemos), repassou mais de R$ 43 milhões a uma única empresa ligada a um aliado político.

A beneficiada é uma empresa registrada em Manaus e formalmente dedicada à locação de embarcações sem tripulação. Entre 2022 e 2025, a firma recebeu R$ 45,8 milhões do Governo do Amazonas, sendo 93,7% desse valor pagos diretamente pela SEAS, sob a gestão e influência do grupo político de Alessandra Campelo.

O caso expõe como a estrutura pública, concebida para atender famílias em extrema vulnerabilidade, tem sido usada para movimentar cifras milionárias em benefício de quem está próximo ao poder.

Segundo dados da Receita Federal, a empresa foi aberta em 2014 e opera no bairro Flores, zona Centro-Sul de Manaus. Já o Portal da Transparência aponta que, só em contratos firmados com o governo estadual, o proprietário da empresa acumulou R$ 45,1 milhões em receitas públicas — e ainda deve receber pelo menos R$ 2 milhões de valores pendentes.

A concentração de pagamentos, a natureza dos contratos e a proximidade entre o empresário e o grupo político de Campelo levantam suspeitas sobre o real propósito das contratações. Em vez de financiar programas de inclusão e amparo social, a SEAS parece ter se transformado em um canal de repasse de dinheiro público para círculos de confiança da própria secretária.

Enquanto comunidades ribeirinhas esperam por cestas básicas, e mães solo enfrentam a fome sem apoio do Estado, o orçamento da assistência social alimenta o patrimônio de empresários bem relacionados.

A situação revela mais do que má gestão: mostra o uso deliberado da máquina pública como ferramenta de favorecimento político. A SEAS, sob o comando de Alessandra Campelo, deixou de ser um instrumento de política social para se tornar um símbolo de como o poder público pode ser manipulado para enriquecer conhecidos — às custas da pobreza alheia.

 



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