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Saiba quem são as empresas de Manaus que venceram contratos de R$ 12 milhões para “eventuais reparos” em Nova Olinda do Norte

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Saiba quem são as empresas de Manaus que venceram contratos de R$ 12 milhões para “eventuais reparos” em Nova Olinda do Norte

Amazonas – Um contrato milionário, pouca transparência e empresas de fora: esse é o cenário que está gerando indignação e desconfiança na cidade de Nova Olinda do Norte.

A Prefeitura autorizou a contratação de quatro empresas, todas com sede em Manaus para prestar serviços eventuais de manutenção e reparo em prédios públicos, totalizando a impressionante cifra de R$ 12.266.978,22.

Os contratos, que deveriam garantir a conservação de escolas, postos de saúde e demais prédios públicos, levantam sérias dúvidas: Por que empresas da capital venceram todos os lotes?

Onde estão os critérios técnicos? E, principalmente, por que valores tão altos para serviços que sequer têm execução garantida?*

Veja quem são as empresas vencedoras e os valores:

K.F Construction LTDA – R$ 2.494.913,00

Megacon Serviços de Construção Civil LTDA – R$ 5.044.492,35

Triângulo Prestadora de Serviços LTDA – R$ 3.954.621,92

R.M. Construção LTDA – R$ 771.950,95

O uso da palavra “eventual” no objeto do contrato chama ainda mais atenção: não há garantia de que os serviços serão realmente executados, mas os valores já foram aprovados e os contratos firmados. Em outras palavras: o município pode acabar autorizando milhões para serviços que talvez nem saiam do papel.

“A dúvida que fica é: quanto efetivamente será gasto? E quem fiscaliza se essas empresas vão mesmo prestar o serviço?

A distância entre Manaus e Nova Olinda do Norte não facilita esse acompanhamento”, observa um especialista em direito público consultado pela reportagem.

Moradores e pequenos empresários da cidade afirmam que sequer sabiam da licitação. “Ficamos sabendo agora, quando tudo já foi decidido.

A prefeitura nunca chamou empresas daqui para participar”, disse um engenheiro local, que pediu para não ser identificado.

A ausência de empresas da própria região no processo reforça a sensação de exclusão e favorecimento.

Embora não haja denúncia formal até o momento, o cenário levanta fortes indícios de possível direcionamento e superfaturamento.

Sem participação comunitária, sem ampla divulgação prévia e com contratos milionários fechados com empresas de fora, a licitação passa longe do ideal de transparência e controle social.

O que está em jogo não é apenas o dinheiro público, mas a confiança da população em seus gestores.

Em um município onde tantas comunidades carecem de infraestrutura básica, escolas em bom estado e postos de saúde funcionando com dignidade, a destinação de mais de R$ 12 milhões para “eventuais manutenções”, sem garantias de execução e soa no mínimo irresponsável.

A Prefeitura de Nova Olinda do Norte ainda não se pronunciou oficialmente sobre a escolha das empresas, os critérios de julgamento da licitação e nem sobre a previsão de início das obras.

Enquanto isso, a população segue no escuro, e o alto valor dos contratos coloca a gestão municipal sob sérios questionamentos.

A reportagem seguirá acompanhando o caso. Afinal, o dinheiro é público e a cobrança também.

Veja documentos 



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