Prefeito Ivon Rates desabafa e escancara fracasso de Wilson Lima na segurança pública em Envira; veja vídeo
Amazonas – Em evento realizado nesta segunda-feira (29), o prefeito de Envira, Ivon Rates, expressou publicamente sua preocupação com a crescente criminalidade que atinge o município. Segundo o gestor, a situação tem se agravado a ponto de a população viver sob constante medo, com registros frequentes de assaltos e mortes causadas por conflitos entre facções criminosas.
Durante sua fala, o prefeito relatou que já manteve diversas conversas com o governador do Amazonas, Wilson Lima, tratando diretamente sobre a segurança pública no município. Ivon Rates afirmou também que solicitou reforço para o mapeamento de agentes do crime e teve encontros com o delegado-geral do estado em várias ocasiões. Apesar dos esforços, a violência continua fazendo vítimas quase diariamente.
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A fala do prefeito, marcada por um tom de desalento, reflete a frustração com a falta de resultados concretos nas tratativas com o Governo do Estado. O cenário vivido em Envira, no entanto, está longe de ser um caso isolado. O Amazonas como um todo tem enfrentado um colapso na segurança pública, com domínio crescente de facções criminosas tanto na capital quanto no interior.
A gestão de Wilson Lima, à frente do governo estadual desde 2019, é alvo recorrente de críticas pela ineficácia no enfrentamento da criminalidade. A atuação das forças de segurança tem se mostrado insuficiente diante da complexidade do problema, o que já motivou, inclusive, alertas institucionais. O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) chegou a cobrar ações efetivas do governo, diante da brutalidade e da frequência dos crimes registrados no estado.
A ausência de uma política de segurança pública estruturada, integrada e com presença constante no interior aprofunda a vulnerabilidade de municípios como Envira, onde os cidadãos se veem reféns da violência. A fragilidade do estado em garantir proteção básica à população torna evidente a urgência de revisão de estratégias e de investimentos que priorizem a vida, a dignidade e o direito à segurança.