Licitação de Ouro: Durango Duarte e seus R$ 33 milhões na mira do MPAM
Amazonas – O Ministério Público do Amazonas (MPAM) está prestes a iniciar uma investigação aprofundada sobre as licitações que somam R$ 33 milhões, realizadas entre a Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom) e a Agência de Interatividade e Marketing – iMarketing, de Durango Duarte. A ação do MPAM busca esclarecer a origem e a motivação dessas contratações.
A iMarketing foi a vencedora da Licitação 001/2024, realizada em 13 de março, para prestar serviços à Secom, com um valor de até R$ 19 milhões anuais. Além disso, a empresa é responsável pelos serviços descritos no Contrato 002/2020, pelo qual recebe R$ 14,2 milhões por ano, contrato este válido até março de 2025. Os serviços fornecidos incluem “Planejamento, Desenvolvimento e Execução de Soluções de Comunicação Digital”, o que abrange a produção de conteúdo para redes sociais.
Mais uma para a Conta
Em ano eleitoral, Durango Duarte e sua empresa iMarketing garantiram outra vitória em licitação, assegurando a continuidade dos serviços de comunicação digital para a Semcom. A iMarketing venceu a concorrência baseada no critério de “melhor técnica”, conforme demanda, com um valor de contrato fixado em R$ 19 milhões. O edital destacou a importância de ações que possibilitem a interação constante com os cidadãos, refletindo a crescente participação e exigência da sociedade.
A licitação, disputada com a Nine Serviços de Publicidade LTDA, resultou em favor da iMarketing após a concorrente não alcançar a pontuação técnica mínima exigida. O resultado foi oficializado em 13 de maio.
Influencers na mira
Um ponto controverso da licitação é a destinação de parte do dinheiro para pagamentos a influenciadores digitais, os chamados influencers. Os valores destinados a esses pagamentos variam de R$ 5,3 mil a R$ 49,1 mil, o que gerou discussões sobre a transparência e a justificativa desses gastos.
Com a iminente investigação do MPAM, espera-se um escrutínio detalhado sobre todas as fases das contratações, a validade dos critérios técnicos utilizados e a real necessidade dos serviços contratados, buscando garantir a correta aplicação dos recursos públicos e a transparência nos processos licitatórios.
