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Justiça barra tentativa de censura de Alessandra Campelo e matérias da “Carne de Ouro” na Grécia voltam ao ar

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Justiça barra tentativa de censura de Alessandra Campelo e matérias da “Carne de Ouro” na Grécia voltam ao ar

Manaus – Em uma decisão que reforça a liberdade de imprensa no Amazonas, a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado (TJAM) suspendeu, na última segunda-feira (20), uma ordem judicial que exigia a retirada de 17 reportagens do portal CM7 Brasil e da jornalista Cileide Moussallem sobre a deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos). Assinada pela desembargadora Nélia Caminha Jorge, a decisão destaca que as publicações não apresentam ofensas pessoais e que a censura prévia é expressamente proibida pela Constituição Federal.

A tentativa de Campelo de remover as matérias foi considerada uma afronta ao direito à informação e à liberdade de expressão, pilares fundamentais da democracia. Com a suspensão, o CM7 e Moussallem estão autorizados a manter os conteúdos no ar até o julgamento final do processo, incluindo uma polêmica sobre a viagem de luxo da deputada à Grécia, em que ela aparece ao lado do presidente da Aleam, Roberto Cidade, desfrutando da “Carne de Ouro”, enquanto o Estado do Amazonas passaava por inúmeras turbulências sociais e políticas.

A deputada ingressou com uma ação na 1ª Vara Cível de Manaus, solicitando a exclusão imediata das reportagens, sob alegação de dano à sua imagem. A ordem inicial, que previa multa diária em caso de descumprimento, foi contestada pela defesa do CM7, que argumentou que os textos tratam de fatos de interesse público envolvendo uma figura pública. As matérias abordam, entre outros temas, a atuação parlamentar de Campelo e sua ostentação durante férias em Mykonos, na Grécia, enquanto mães amazonenses protestavam contra a negligência no sistema de saúde.

O TJAM acatou os argumentos da defesa, reforçando que agentes públicos estão sujeitos ao escrutínio da imprensa. A decisão cita a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130, do Supremo Tribunal Federal (STF), que garante a plena liberdade de imprensa sem controle prévio de conteúdo. “Restringir reportagens jornalísticas sem o devido contraditório configura censura inconstitucional”, afirmou a desembargadora.

Uma das reportagens em destaque, publicada em 19 de julho de 2025, expõe Alessandra Campelo em uma viagem luxuosa à Grécia, acompanhada de familiares e aliados do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), Roberto Cidade (UB). Intitulada “Deputada Alessandra Campelo ignora mães em luto e ostenta em viagem na Grécia com a família de Roberto Cidade”, a matéria aponta contradições entre a imagem pública da deputada como defensora das mulheres e sua omissão diante de protestos de mães que denunciavam mortes de crianças por negligência em hospitais do Amazonas.

Durante o recesso parlamentar, Campelo foi flagrada em Mykonos, desfrutando de iates exclusivos e refeições milionárias, incluindo pratos folheados a ouro preparados pelo chef Salt Bae. A comitiva incluía Thaisa Coelho (esposa de Cidade), Adriana Cidade (irmã de Cidade), Vanderlei Alvino (diretor da ALEAM) e Alarico Cidade (namorado da deputada e primo de Cidade), todos ligados à folha de pagamento da ALEAM. A viagem, incompatível com o salário de R$ 46 mil brutos da deputada, levantou suspeitas de uso indevido da máquina pública.

Enquanto isso, terceirizados da saúde e segurança pública enfrentam atrasos salariais de até oito meses, e mães em luto protestavam em frente ao Palácio Rio Negro, acusando o governo de Wilson Lima de negligência. A matéria critica o silêncio de Campelo, que não se pronunciou sobre as denúncias, apesar de sua postura pública como defensora das mulheres.

A decisão do TJAM foi celebrada como uma vitória para o jornalismo independente no Amazonas, que enfrenta pressões crescentes. Antes da derrota judicial, sites como Imediato, Revista Cemarium e Radar Amazônico, aliados e supostamente financiados por Campelo, divulgaram notícias falsas contra Cileide Moussallem, em uma tentativa de desacreditar o CM7. A jornalista, no entanto, reafirmou seu compromisso com a verdade: “Nosso trabalho é informar com responsabilidade, sem ceder a intimidações.”

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