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Enquanto hospitais sofrem com falta de insumos, Governo do AM fecha contrato de R$ 61 milhões com clínica

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Enquanto hospitais sofrem com falta de insumos, Governo do AM fecha contrato de R$ 61 milhões com clínica

Amazonas – O Governo do Amazonas homologou um contrato no valor de R$ 61.236.304,35 com a empresa Cardiobaby, Clínica de Cardiologia Pediátrica Ltda., para prestar serviços de atendimento pediátrico especializado em maternidades e unidades femininas do Estado. A contratação foi formalizada por meio de despacho assinado pelo ordenador de despesas Sílvio Romano Benjamin Junior, mesmo após o decreto de limitação de empenhos que restringe gastos em diversas áreas da administração estadual.

De acordo com dados da Receita Federal, a Cardiobaby é uma microempresa sediada em Manaus, especializada em “atividade médica ambulatorial restrita a consultas” e composta por 22 sócios, entre eles Alessandra Campos Cavalcante Della Coletta e Ana Luiza Menezes Teles Novelleto. A contratação levanta questionamentos sobre os critérios de execução de serviços de alta complexidade por empresas de pequeno porte, especialmente diante do contexto de contenção de despesas anunciado pelo Executivo.

A medida expõe uma contradição evidente na política de “contingenciamento” do governo: enquanto hospitais e unidades básicas enfrentam falta de insumos, equipes incompletas e leitos insuficientes, contratos milionários com empresas privadas continuam sendo firmados e homologados. Essa disparidade reforça a percepção de que o peso do ajuste fiscal recai sobre a ponta do sistema público de saúde.

O contrato também foi celebrado em meio à operação “Metástase”, deflagrada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) neste mês, para investigar suspeitas de fraudes e favorecimentos em contratos da área da saúde. Embora a Cardiobaby não tenha sido citada como alvo da operação, o ambiente de contratações da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) segue sob desconfiança. A decisão de destinar mais de R$ 61 milhões em um cenário de investigações e restrições orçamentárias reforça o debate sobre prioridades e transparência na gestão dos recursos públicos.

Veja documento:



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