Empresa POMAR, investigada pela Polícia Federal, ganha licitação milionária da Seminf
Por Cesar em 6 de março de 2024 às 16:54
Manaus – A Prefeitura de Manaus, através da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), anunciou a renovação de cinco contratos no valor total de mais de R$ 60 milhões.
Os extratos desses acordos foram publicados no Diário Oficial do Município (DOM) na última segunda-feira (4), referentes à contratação de empresas para fornecimento de asfalto e material de construção.
Os aditivos de contrato totalizam R$ 64,7 milhões, com cada um dos cinco contratos tendo o mesmo valor global de R$ 12,9 milhões.
A vigência dos contratos é de seis meses a partir de 1º de fevereiro, data em que foram assinados os aditivos pelo secretário Renato Frota.
As Empresas Vencedoras
ARDO CONSTRUTORA E PAVIMENTAÇÃO LTDA
CONSTRUTORA POMAR LTDA
COMPASSO CONSTRUÇÕES, TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO LTDA
SOLO ALUGUEL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS COMERCIAIS LTDA
TERCOM TERRAPLANAGEM LTDA
Foram selecionadas pela Seminf para prestação de serviços contínuos de usinagem de asfalto, incluindo o fornecimento de materiais.
Histórico da POMAR
Recentemente foi revelado que uma das empresas vencedoras dos contratos, a Construtora POMAR, enfrenta sérias denúncias e investigações.
Em outubro de 2023, a operação “Draga Zero”, conduzida pela Polícia Federal em colaboração com o Ibama e a Marinha do Brasil, resultou na destruição de balsas que estavam operando próximo à Ponte Jornalista Phelippe Daou, conhecida como Ponte Rio Negro.
O Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma investigação para apurar possíveis irregularidades relacionadas à extração de recursos minerais pela Construtora Pomar Ltda, contratada pela Secretaria Municipal de Obras de Manaus por uma quantia de R$ 119 milhões.
Suspeitas de licenciamento inadequado e operações de dragagem irregulares na foz do rio Tarumã-Açu levantaram preocupações sobre a legalidade das atividades da empresa.
O MPF questionou a contratação da Pomar Ltda sem licitação, no último dia útil de 2023, para desobstruir igarapés, levantando dúvidas sobre a necessidade e a legitimidade desses serviços, especialmente considerando que a empresa foi avistada realizando atividades suspeitas na Praia da Lua, em vez de cumprir suas obrigações contratadas.
O órgão também mencionou eventos e denúncias desde o início de 2024 relacionados às atividades da empresa.