Conheça as empresas que receberam de Wilson Lima mais de R$ 18 milhões para climatizar salas de aula
Amazonas – A Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc-AM) anunciou investimentos superiores a R$ 18 milhões para tentar resolver o problema crônico da climatização nas escolas da rede estadual.
O dinheiro foi distribuído em dois contratos distintos: um para a compra de novos aparelhos e outro para manutenção e instalação dos equipamentos.
O primeiro contrato, avaliado em R$ 10,6 milhões, foi firmado com a VG Comércio Atacadista de Máquinas e Equipamentos Ltda, que se comprometeu a fornecer quase 2 mil aparelhos de ar-condicionado de diferentes potências para escolas da capital e do interior.
O segundo, de R$ 7,7 milhões, ficou sob responsabilidade da TN Neto Ltda, que assumiu a tarefa de instalar, retirar e realizar reparos nos aparelhos já existentes.
Nos documentos oficiais, a Seduc-AM defende que a medida é parte de um processo de modernização para garantir salas mais confortáveis a professores e estudantes.
No entanto, relatos de comunidades escolares apontam que a realidade ainda é de salas abafadas e equipamentos quebrados, revelando uma distância entre o que é prometido e o que chega à prática.
As duas empresas contratadas têm perfis bastante distintos. A VG Comércio, também conhecida como VG Ar Condicionado, foi fundada em 1999, tem sede no bairro Chapada, em Manaus, e capital social de R$ 15 milhões.
Já a TN Neto Ltda, aberta em 1989, tem como atividade principal declarada a manutenção de veículos automotores e capital social de apenas R$ 300 mil — o que levanta dúvidas sobre a experiência da empresa em serviços de climatização.
Com contratos em vigor até 2025, o desafio do governo do Amazonas será transformar o investimento milionário em resultados concretos. Até lá, alunos e professores seguem cobrando uma resposta prática para um problema antigo: o calor sufocante nas salas de aula.
Veja os documentos