Coisas Estranhas no Governo do AM: relembre os maiores escândalos ainda não explicados por Wilson Lima
Amazonas – Na ficção da Netflix, a cidade de Hawkins é assombrada por um “Mundo Invertido” — uma dimensão paralela sombria, fria e repleta de monstros que drenam a vida do mundo real. Trazendo a metáfora para a realidade política do Amazonas, o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) divulgou uma série de críticas contundentes à gestão do governador Wilson Lima. Batizada de “Coisas Estranhas”, a postagem utiliza a estética da série Stranger Things para denunciar o que o parlamentar classifica como uma inversão de prioridades que custa caro à população.
A postagem destaca cinco “monstros” administrativos que, segundo Barreto, assombram os cofres públicos e a qualidade de vida dos amazonenses: o colapso na educação, contratos milionários sem licitação na saúde, o abandono de obras federais, a terceirização caótica de hospitais e o risco previdenciário.
Confira abaixo os pontos destacados pelo parlamentar como os episódios mais obscuros da atual administração:
1. Educação Invertida: O Último Lugar no Enem
O primeiro cenário apontado como “invertido” é a educação estadual. A denúncia destaca que, apesar dos altos investimentos divulgados em material paradidático e kits tecnológicos, a realidade da sala de aula é desoladora. O Amazonas amargou o último lugar no Enem 2024, com uma média de apenas 505,3 pontos. Para o deputado, os estudantes estão “pagando o preço da negligência”, onde o dinheiro gasto não se converte em aprendizado real.
2. O “Portal” da Amazonprev e os Fundos de Risco
A previdência dos servidores públicos é tratada na denúncia como um portal para o perigo financeiro. O material relembra as investigações sobre aplicações suspeitas que envolvem mais de R$ 300 milhões do fundo previdenciário (Amazonprev) em investimentos de alto risco, incluindo operações ligadas a bancos em liquidação extrajudicial. A crítica central é a falta de transparência e o perigo de dilapidação do patrimônio de quem dedicou a vida ao serviço público.
3. Telessaúde: Um Contrato de “Outro Mundo”
Na área da saúde, o foco recai sobre um contrato de R$ 196 milhões destinado ao serviço de Telessaúde. Segundo a denúncia de Wilker, o acordo foi firmado sem licitação, com uma empresa única participante e sem um projeto público claro que justificasse o montante. O caso, que já motivou a abertura de investigação pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), é classificado pelo parlamentar como um risco real de superfaturamento em uma área sensível para a população.
4. O Monstro Esquecido: O Abandono do CER IV
As imagens trazem à tona o Centro Especializado em Reabilitação (CER IV), localizado atrás do Hospital Delphina Aziz. Construído com R$ 6,1 milhões de recursos federais e entregue em 2020, o local encontra-se, segundo as fotos e a denúncia, “tomado pelo mato, pichado e invadido”. O Ministério Público Federal (MPF) acatou a denúncia de Barreto por dano ao patrimônio, evidenciando o descaso com uma estrutura vital para pessoas com deficiência.
5. Organizações Sociais: A “Zona” na Gestão Hospitalar
Por fim, a entrega da gestão de hospitais estaduais (como o 28 de Agosto e o Dona Lindu) para Organizações Sociais de Saúde (OSS) é duramente criticada. O deputado aponta um aporte inicial de R$ 31 milhões para entidades que já enfrentam investigações em outros estados por má gestão, contratos inchados e falhas no atendimento. A peça classifica a situação como uma “verdadeira zona”, onde a terceirização serve como cortina de fumaça para a ineficiência.







