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Bolsonaro poderá fechar acordo na semana que vem para que Tarcísio seja seu candidato à presidência em 2026

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Bolsonaro poderá fechar acordo na semana que vem para que Tarcísio seja seu pré-candidato à presidência em 2026

Brasil – O cenário político da direita brasileira pode ganhar contornos mais definidos já na próxima semana. O ex-presidente Jair Bolsonaro deve se reunir com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no dia 29 de setembro, encontro que pode selar o apoio formal para que o paulista seja lançado como pré-candidato à Presidência da República em 2026. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (24/9) pela coluna de Andreza Matais, do Metrópoles.

Segundo apuração de bastidores, o acordo foi costurado junto a líderes do União Brasil e do PP, siglas que integram a base conservadora. O impasse, no entanto, está no calendário do anúncio: parte dos aliados defende esperar até dezembro ou janeiro, para evitar críticas de que Tarcísio estaria usando o governo de São Paulo como trampolim político. Outros, porém, lembram que Bolsonaro é imprevisível e pode antecipar a decisão.

Apesar de publicamente insistir que seu aliado deveria ser o candidato, Bolsonaro já sinalizou nos bastidores que Tarcísio reúne as melhores condições eleitorais para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. À frente do maior estado do país, com 46 milhões de habitantes e um PIB superior ao da Argentina, o governador aparece como o nome mais competitivo do campo conservador.

Tarcísio, de 50 anos, ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, construiu uma imagem de gestor pragmático e eficiente, mas mantém firme o discurso de lealdade ao ex-presidente. Chegou a declarar que concederia indulto a Bolsonaro caso fosse eleito, além de defender anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. “Sou a favor da anistia, pois é um instrumento que pode nos ajudar na pacificação do país”, disse recentemente.

Embora se apresente como um político mais contido e técnico que Bolsonaro, Tarcísio não deixa de se alinhar ao discurso duro contra o Supremo Tribunal Federal, repetindo acusações de perseguição ao ex-presidente. Ao mesmo tempo, busca projetar uma imagem de governante responsável: sob sua gestão, São Paulo registrou queda nos índices de pobreza e desemprego, ainda que também tenha liderado o aumento de mortes por intervenções policiais.

O movimento para consolidar Tarcísio como sucessor de Bolsonaro não é unanimidade no bolsonarismo. Outros nomes ainda circulam como alternativas, entre eles o da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro. Porém, na prática, cresce o consenso de que o governador paulista é quem reúne mais força eleitoral e capacidade administrativa para unir a direita em torno de um projeto competitivo para 2026.

Caso o encontro da próxima semana resulte em oficialização do apoio, a corrida presidencial ganhará contornos ainda mais intensos, antecipando um embate que promete dividir o país mais uma vez entre lulismo e bolsonarismo — desta vez, com Tarcísio de Freitas como protagonista.





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