Anistia: Bolsonaro diz que vai tentar ir à manifestação do dia 7 de Maio
Brasil – O ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo internado e em recuperação no hospital DF Star, em Brasília, sinalizou que pode participar da manifestação marcada para 7 de maio, na capital federal. O ato, convocado por ele e coordenado pelo pastor Silas Malafaia, busca apoiar a anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas. Em uma videochamada com apoiadores na última segunda-feira, 1º de maio, Bolsonaro afirmou que, se sua saúde permitir, pretende estar presente, mesmo que apenas na concentração inicial, na Torre de TV.
“Se tiver condições físicas, pelo menos lá na torre me faço presente. Não vou poder caminhar, mas na torre me faço presente, se estiver bem”, declarou Bolsonaro durante a chamada organizada por Eduardo Torres, irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A manifestação está marcada para as 16h e deve incluir uma caminhada até o Congresso Nacional, com a participação de lideranças bolsonaristas, como Michelle Bolsonaro, deputados e pastores evangélicos.
Saúde e Recuperação
Bolsonaro está internado desde 11 de abril, após uma cirurgia de emergência para tratar complicações intestinais, consequência do atentado a faca que sofreu em 2018. O procedimento, descrito por ele como “complexo, invasivo e de longa duração”, durou 12 horas. Após 17 dias de internação, sendo 12 na UTI, o ex-presidente foi transferido para a unidade de internação em 30 de abril. Ele relatou estar clinicamente estável, sem dor ou febre, mas ainda enfrenta desafios, como soluços controlados e alimentação limitada a líquidos, como água, chá e gelatina.
“Papai do céu estava com a gente”, disse Bolsonaro, agradecendo pela recuperação. Ele espera começar a se alimentar normalmente no sábado, 6, ou domingo, 7, e acredita que, após uma semana em casa, poderá retomar sua rotina. Apesar do otimismo, não há previsão oficial de alta, e sua participação no ato dependerá de sua condição física.
Defesa da Anistia
Na videochamada, Bolsonaro defendeu com veemência a anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro, chamando-os de “injustamente injustiçados”. Para ele, as acusações contra os envolvidos não se sustentam, já que, segundo o ex-presidente, não havia armas ou um “núcleo financeiro” nos eventos. “É um crime impossível”, afirmou, expressando confiança de que a situação será revertida em breve.
O ato de 7 de maio é parte de uma série de mobilizações bolsonaristas em apoio a um projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A proposta, liderada por aliados como o ex-deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), já reúne apoio de 262 deputados para votação em regime de urgência, mas ainda não foi pautada na Câmara. Manifestações semelhantes já ocorreram no Rio de Janeiro, em março, e em São Paulo, em abril, reunindo milhares de apoiadores.


