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Alvo da PF, do MPAM e condenado por abuso de Poder Político, Flávio Anthony continua usando táticas do “QG do Crime”

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Alvo da PF, do MPAM e condenado por abuso de Poder Político, Flávio Anthony continua usando táticas do “QG do Crime”

Manaus -Flávio Anthony, secretário-chefe da Casa Civil do Estado e um dos principais articuladores do governo Wilson Lima, continua agindo à margem da lei, agora com a ajuda de portais de notícias ligados ao Governo do Amazonas. O objetivo parece claro: encobrir sua participação em reuniões ilegais e outros crimes eleitorais relacionados às eleições municipais de 2024.

O histórico de envolvimento de Anthony com escândalos de corrupção e abuso de poder político é longo. Ele foi um dos alvos da Operação Tupinambarana Liberta, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em outubro deste ano, que visava desarticular uma rede de conluio entre facções criminosas e agentes públicos com o objetivo de influenciar o resultado das eleições em Parintins, no interior do estado.

A operação ocorreu após denúncia do Ministério Público do Amazonas (MPAM), que identificou as presenças de um agente público da administração indireta do Amazonas — Armando Silva do Vale, presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) — e ao menos três secretários de Estado — Fabrício Rogério Cyrino Barbosa, titular da Secretaria de Administração e Gestão do Amazonas (Sead), Flávio Antony, da Secretaria de Estado da Casa Civil, e Marcos Apolo Muniz de Araújo, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC). De acordo com o inquérito, os envolvidos apresentaram conduta de liderança e manipulação de esquema, voltado para atacar a legitimidade das eleições municipais, por meio de ordens ao aparato de segurança pública. É possível também extrair dos diálogos uma concatenação de ações alinhadas com o coronel PM Francisco Magno Judiss, ex-comandante do 11° Batalhão da PMAM de Parintins, voltadas para o uso da força policial militar para atos de coerção ou coação de eleitores.

Os autos foram encaminhados à Procuradoria-Geral da República e culminaram na Operação da PF, que revelou a utilização de estruturas de Estado, incluindo forças policiais, para favorecer uma candidatura à prefeitura de Parintins, e destacou a participação de membros do governo estadual em práticas ilegais para manipular o pleito. Flávio Anthony não apenas esteve envolvido nas articulações ilícitas, mas foi gravado em reuniões onde tentava influenciar diretamente o voto na cidade. No entanto, ao contrário dos outros secretários do alto escalão, ele não foi exonerado pelo Governador.

O envolvimento de Anthony também se destacou pelas ações explícitas de abuso de poder político. A juíza eleitoral de Parintins, Juliana Arraes Mousinho, condenou Flávio Anthony por abuso de poder político durante o processo eleitoral de 2024. Ele foi considerado culpado por usar sua posição como secretário para coagir eleitores e promover candidaturas apoiadas pelo governo estadual, como a de Brena Dianná (União Brasil), à prefeitura de Parintins. O episódio que resultou na condenação ocorreu em um evento oficial, onde Flávio solicitou votos explicitamente para Dianná e outros aliados do governo.

Apesar da gravidade das acusações e da condenação judicial, Flávio Anthony segue exercendo sua influência política de maneira controversa. Através de portais de notícias ligados ao governo, ele tenta desviar a atenção do público e minimizar sua participação nas reuniões ilegais e na tentativa de manipulação do processo eleitoral. Este comportamento, que remonta às táticas já conhecidas como parte do “QG do Crime”, tem sido criticado por aqueles que defendem a democracia e a transparência nos processos eleitorais.


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