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Alessandra Campêlo defende Professora Jacqueline e repreende Daniel Almeida: “Ninguém defende agressor e eu fico calada!”

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Alessandra Campêlo defende Professora Jacqueline e repreende Daniel Almeida: “Ninguém defende agressor e eu fico calada!”

Amazonas – Em debate acirrado na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a deputada estadual Alessandra Campêlo (Podemos) subiu o tom da luta contra a violência política de gênero, ao abordar o episódio em que a vereadora Professora Jacqueline (União Brasil) foi vítima na Câmara Municipal de Manaus na última terça-feira (27/2).

No seu pronunciamento no Grande Expediente desta quarta-feira (28/2), a deputada exibiu um vídeo que circula nas redes sociais no qual um grupo de vereadores tenta intimar a parlamentar, no momento em que ela falava na tribuna do Poder Legislativo Municipal.

“É lamentável. Vários vereadores homens com dedo em riste gritando com a vereadora, impedindo a vereadora de se pronunciar. Isso é violência contra a mulher, principalmente partindo de um homem que tem uma compleição física inclusive maior que a da vereadora. Quero me solidarizar com a vereadora Professora Jacqueline pela violência sofrida”, disse Alessandra.

Campêlo informou ainda que a Procuradoria Especial da Mulher da Aleam está de portas abertas para prestar atendimento psicossocial e jurídico à vereadora. Além disso, Alessandra adiantou algumas providências e disse que levaria o caso à Ouvidoria da Mulher do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e ao Ministério Público do Estado (MPE-AM), que integram a rede de proteção às mulheres que atuam na vida pública.

“A Procuradoria da Mulher vai fazer uma representação ao TRE-AM e ao Ministério Público do Estado por violência política de gênero. Isso é crime e, para quem não lembra, a primeira prisão do prefeito de Borba (Simão Peixoto) foi por violência política de gênero, o primeiro caso no Brasil”, enfatizou Alessandra.

Debate

Após a fala da deputada, o assunto tomou conta dos debates na Casa por quase uma hora. Campêlo recebeu apoio em apartes dos deputados Roberto Cidade (União Brasil), Rozenha (PMB), Débora Menezes (PL), Wilker Barreto (Cidadania) e João Luiz (Republicanos). A única divergência em relação à fala da Procuradora da Mulher partiu do deputado Daniel Almeida (Avante), irmão do prefeito David Almeida (Avante). 

“Se a senhora colocar a fala do vereador Raulzinho aqui todos nós chegaremos a conclusão de que não houve nenhum tipo de violência. Não houve dedo em riste, ele foi muito educado, coerente. O que eu vejo aí é a discussão de um parlamento normal que infelizmente está em abolição na Câmara Municipal mas eu não vi [agressão]. Quem falou que teve agressão foi ela mas na imagem não conseguimos ver ninguém com dedo em riste”, afirmou Daniel.

“Repudio veementemente qualquer abuso e violência contra a mulher mas neste caso não houve violência contra a mulher. A mulher falar que houve violência contra ela e acontecer o fato são coisas totalmente diferentes. […] Não é qualquer coisinha que vai denegrir a imagem da mulher, ofender a honra da mulher. Nesse eu acredito que não houve nenhum tipo de violência“, finalizou.

A deputada, atuante na causa das mulheres, rebateu a fala de Daniel. “Deputado se o senhor acha que isso é qualquer coisinha, se o senhor não está vendo ali na imagem vários vereadores com dedo em riste. Se o senhor acha que isso é pouca coisa e é defensável, o senhor falou que quer colocar um vídeo do Raulzinho, coloque o vídeo e venha defender aqui. Essa imagem fala mais do que mil palavras vários homens atacando uma mulher. O senhor acha que violência é só chegar, dar um soco, um tapa na cara ou dar um tiro numa mulher? Gritar com mulher, impedir uma mulher de falar e exercer seu mandato parlamentar, intimidar uma mulher, isso é violência política. Aqui dentro da Assembleia o senhor não vai defender agressor não. Porque eu não vou permitir, a gente vai para o debate! Nessa casa, onde eu estou, ninguém defende agressor e eu fico calada!”, declarou Alessandra.


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