Rituais, drogas e abuso familiar: a chocante morte de Djidja Cardoso completa um ano; veja vídeos
Manaus – Há um ano, no dia 28 de maio de 2023, a empresária e ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, foi encontrada morta em sua casa, em Manaus. Ela tinha 32 anos. A morte, inicialmente tratada como suspeita, revelou um enredo complexo envolvendo uso de cetamina, rituais religiosos, tráfico e abuso de poder familiar.
Djidja, que ganhou notoriedade entre 2016 e 2020, período em que representou o item 7 no Festival de Parintins, se dedicava à administração dos salões de beleza “Belle Femme”, ao lado da mãe e do irmão. Meses antes de morrer, revelou nas redes sociais que lutava contra a depressão. No entanto, a ex-sinhá estava lutando também contra a dependência química.
Vídeos gravados pelo ex-namorado, Bruno Roberto, mostram seus últimos momentos de vida, com um frasco de cetamina nas mãos. Em uma das cenas, ela diz: “Eu vou me aplicar”, e ele responde: “Eu tentei, tentei te salvar, mas olha aí como tu tá. Tu não quer parar de usar isso”.
De manhã, Djidja foi achada morta em sua cama e sua mãe, Cleusimar, dizia que ela iria ressuscitar. O laudo do IML apontou edema cerebral como causa da morte, possivelmente provocado por overdose de cetamina — anestésico veterinário.
O uso da substância era feita por Djidja, a sua mãe, Cleusimar Cardoso, seu irmão, Ademar Cardoso, e por alguns funcionários de seu salão, que criaram uma seita. Bruno também já teria usado mas não se tornou dependente.
Veja:
Na seita, denominada de ’Pai, Mãe, Vida’, o grupo fazia uso da cetamina em supostos rituais religiosos, com o falso propósito de atingirem uma plenitude espiritual.
Veja:
Dentro da seita, Ademar era tratado como “Jesus”, Cleusimar como “Maria” e Djidja como “Maria Madalena”. Dois dias após a morte, a Polícia Civil deflagrou a Operação Mandrágora e prendeu a mãe, Cleusimar, e o irmão, Ademar, além de funcionários dos salões, todos acusados de administrar e aplicar a droga dentro da seita.
A polícia apontou ainda que os rituais, realizados na casa da família e nos salões de beleza, envolviam violência sexual e abortos forçados em algumas vítimas.
Em junho de 2023, 11 pessoas foram indiciadas. Seis meses depois, sete foram condenadas por tráfico e associação para o tráfico, incluindo Cleusimar e Ademar. Bruno Roberto e Verônica Seixas respondem em liberdade. Outros três réus foram absolvidos por falta de provas. O caso segue como um dos mais impactantes da história policial do Amazonas nos últimos anos.
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