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Compra de votos e lavagem de dinheiro: ex-prefeito de Iracema é preso durante operação da PF

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Brasil – A Polícia Federal prendeu em flagrante, nesta sexta-feira (1º), o ex-prefeito de Iracema (RR), Jairo Ribeiro (Republicanos), durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência. A ação faz parte da Operação Voto de Cabresto, que investiga um suposto esquema de corrupção eleitoral, associação criminosa e lavagem de dinheiro no interior de Roraima.

Além de Jairo, a operação também teve como alvos a atual prefeita do município, Marlene Saraiva (Republicanos), dois vereadores reeleitos e o cunhado da prefeita. Durante as buscas, os agentes encontraram elementos que justificaram a prisão em flagrante do ex-prefeito. Outro investigado foi preso por posse ilegal de munições, mas poderá responder em liberdade mediante pagamento de fiança.

Segundo a PF, o esquema criminoso envolvia o uso de empresas de fachada para repassar dinheiro via PIX a aliados políticos, que por sua vez compravam votos diretamente de eleitores. Também foram identificados casos em que os eleitores recebiam pagamentos em espécie e eram coagidos a filmar seus votos, como forma de comprovar a escolha e garantir o pagamento prometido.

Durante as eleições municipais de 2024, Jairo Ribeiro atuou como um dos principais cabos eleitorais da prefeita Marlene Saraiva, declarando apoio público à sua candidatura. Após ser eleita, um dos primeiros atos da nova gestão foi a sanção da Lei nº 543/2025, que garante segurança pessoal custeada com dinheiro público para ex-prefeitos que comprovem ter sofrido atentados durante o mandato.

A lei beneficiou diretamente Jairo Ribeiro, que em 2018 foi alvo de um ataque a tiros — baleado nos dois braços e com um ferimento de raspão no peito. O inquérito policial, até hoje sem conclusão, não identificou os autores do crime.

A Operação Voto de Cabresto cumpriu ao todo 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Iracema e Boa Vista. As investigações seguem em curso e novas prisões não estão descartadas.

A prefeita Marlene Saraiva e os demais citados ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as acusações.





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