Apagão deste domingo (7) após forte chuva deixa bairros de Manaus no escuro por horas
Manaus – Diversos bairros de Manaus ficaram às escuras na noite deste domingo (7) após mais uma sequência de quedas de energia, problema que já se tornou rotina e expõe, mais uma vez, a fragilidade da Amazonas Energia em garantir um serviço estável, mesmo com tarifas cada vez mais altas.
A concessionária atribuiu o novo apagão às fortes chuvas que atingiram a capital, acompanhadas de descargas atmosféricas e rajadas de vento. Mas a explicação, repetida ano após ano, já não convence boa parte da população, visto que até em dias sem chuva o serviço tem falhado. O que se viu na prática foram múltiplas interrupções, oscilações constantes e demora no restabelecimento, enquanto a empresa insistia que suas equipes “aguardavam melhora das condições climáticas”.
A sensação de quem mora nas zonas Norte, Leste, Oeste e parte do Centro-Oeste foi de abandono: casas no escuro, eletrodomésticos vulneráveis às quedas, redes de internet instáveis e prejuízos que se acumulam, sem que a concessionária ofereça respostas claras ou prazos reais.
A crítica é ainda mais contundente porque a Amazonas Energia insiste em se apresentar como uma empresa moderna, estruturada e preparada para atender a capital. Mas quando Manaus precisa, a empresa não entrega o básico: energia estável. Ficou evidente que, diante de um temporal, a estrutura desaba junto com os primeiros trovões.
E vale lembrar: o consumidor não “escolheu” essa empresa. É uma relação forçada e, diante de serviços falhos, resta apenas reclamar, pagar caro e torcer para não perder equipamentos.
Enquanto isso, as redes sociais foram tomadas por relatos de moradores indignados com apagões seguidos e ajustes de energia que deixaram bairros inteiros vulneráveis. Em muitos casos, as equipes sequer chegavam a tempo ou apresentavam informações precisas sobre o restabelecimento.
A concessionária limitou-se a agradecer “a compreensão da população” e reforçar que seus canais seguem abertos para registro de ocorrências. Mas para quem passou a noite no escuro, compreensão é justamente o que falta, principalmente quando uma cidade do porte de Manaus segue, ano após ano, refém de uma empresa que não demonstra capacidade para garantir o mínimo: luz acesa.


