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‘São argumentos bisonhos e infantis’, diz Miguel Reale sobre decisão do presidente interino da Câmara

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SÃO PAULO – Um dos autores do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o advogado Miguel Reale Júnior classificou como “bisonhos e infantis” os argumentos do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), para acolher recurso contra a sessão do impeachment. Ele e a advogada Janaína Paschoal, que também assina o pedido, sugerem que o Senado ignore a medida.

– A decisão dele é completamente absurda. A Câmara já nem tinha mais competência para apreciar o assunto, porque o processo passou para o Senado. O fundamento dado para a decisão também é totalmente absurdo. Cada deputado votou por conta de sua consciência. São argumentos bisonhos e infantis – disse o advogado.

Reale Júnior afirmou esperar que os deputados adotem medidas para reverter a decisão, inclusive com recurso ao plenário. Ainda assim, ele acredita que o Senado não deve considerar o ato do presidente da Câmara.

– O Senado deve simplesmente ignorar essa decisão e seguir em frente (com o processo). Ainda quero saber as razões últimas que levaram este senhor a tomar essa decisão extemporânea e incompetente, nos dois sentidos, tanto o técnico quanto o vulgar – reclamou, com bastante irritação.

Para a a coautora do pedido de impeachment, a advogada Janaína Paschoal, basta que o Senado “se imponha” para que o processo não seja interrompido.

– Esse senhor não tem competência para fazer isso, os autos não estão mais na Câmara. Com uma canetada não se pode querer cancelar o que foi feito por uma comissão especial da Câmara, pelo plenário da Câmara e por uma comissão do Senado – defendeu a advogada, que disse ter ficado “perplexa” com a decisão, classificando-a como “absurda”.

Reale Júnior disse ter falado no fim da manhã com Hélio Bicudo, também autor do pedido de impeachment. Segundo ele, Bicudo se disse “estupefato” com “o conteúdo e a falta de bom senso da decisão”, em sua opinião.





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