Grupo pró-Dilma causa confusão em voo e piloto pede ajuda à PF
BRASÍLIA – Cerca de 70 mulheres se envolveram em uma confusão durante um voo que saiu de Salvador com destino à Brasília nesta terça-feira. Ao longo da viagem, o grupo que participa da Conferência Nacional de Mulheres, entoava palavras de ordem contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Entre os gritos estavam “não vai ter golpe” e “golpistas, vocês são burros incomodando as mulheres “grelo duro”.
Ao concluir a aterrissagem, o piloto do voo JJ3437 da Latam pediu ajuda à Polícia Federal. Durante o desembarque, ao se incomodarem com a demora em retirá-las do avião, elas começaram a gritar “deixem eu sair, golpistas”. Quando saíram, foram isoladas dos demais passageiros e escoltadas por agentes da PF. Nenhuma delas foi detida ou levada a depor.
No voo também estavam os deputados federais baianos Paulo Azi (DEM), Jutahy Júnior (PSDB) e Tia Eron (PRB). Os parlamentares, que votaram a favor do pedido de afastamento da presidente na sessão do último dia 17 de abril, foram confrontados pelas manifestantes ao ouvir que eles não as representavam.
Por meio de nota, a Latam informou que o pedido de ajuda do piloto foi em função ao “comportamento indisciplinado dos clientes a bordo” e que segue procedimentos internacionais de segurança.
Desde o início da confusão, Tia Eron foi apontada nas redes sociais de ter sido ela quem verdadeiramente pediu o reforço da PF. Por meio de nota, a assessoria da deputada informou que como ela estava sentada nas primeiras cadeiras do avião e que não teve contato com as manifestantes, não houve confronto direto. Afirmou também que a parlamentar compreende o atual cenário político, mas que “jamais tomaria uma atitude repressiva contra um grupo de mulheres”
*Estagiário sob supervisão de Francisco Leali