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“Dor violenta”: mulher tem parte das nádegas arrancada durante ataque de capivara em Santa Catarina

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“Dor violenta”: mulher tem parte das nádegas arrancada durante ataque de capivara em Santa Catarina

Brasil – A psicóloga e escritora Fabiana Lenz, 32 anos, está se recuperando após ter sido atacada por uma capivara na lagoa da Praia de Lagoinha do Leste, em Florianópolis.

Ela sofreu mordidas no abdômen, nádegas e braço direito enquanto mergulhava na lagoa. O caso aconteceu no dia 8 de dezembro.

A mulher levou 19 pontos no abdômen e nem todas as feridas puderam ser suturadas devido ao risco de infecção. Agora, ela está em casa, com mobilidade reduzida, e faz curativos em postos de saúde.

Fabiana estava no segundo dia de um acampamento que faz anualmente, desde 2020, quando decidiu mergulhar uma última vez na lagoa antes de ir embora. Ela foi atacada enquanto mergulhava.

“Quando eu dei com a água na altura do peito, recebo um soco debaixo da água muito forte, um rasgo que me doeu demais, que no primeiro instante eu não entendi nada. Achei que tinha batido num tronco, uma dor violenta”, relatou.

Após a primeira mordida, a capivara voltou a atacá-la e arrancou um pedaço de sua nádega direita. Fabiana acredita que o ataque tenha durado oito segundos até que o seu namorado intervisse. Ao ouvir os gritos dela, o homem entrou na água e conseguiu puxá-la para fora da lagoa.

Fabiana precisou ser retirada do local pelo helicóptero Arcanjo do Corpo de Bombeiros Militar. Ela foi levada ao Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, onde passou por exames, tomografias, vacinas antirrábicas e um protocolo com antibióticos, analgésicos e antivirais. Por menos de um milímetro, Fabiana não teve o intestino perfurado.

“Por pouco meu intestino não foi perfurado. Fiquei com o nervo da perna exposto e quase perdi a mobilidade. Foi apavorante. Eu sangrava e via parte das minhas vísceras”, relatou.

Já a mordida nas nádegas foi mais grave, pois o animal conseguiu arrancar um pedaço do tecido da pele.

“Teve como reconstituir porque a parte interna do tecido perdeu um pouco, mas em questão de pele, ela não conseguiu arrancar”, contou Fabiana.

Ataques de capivaras são raros

As capivaras frequentemente aparecem em áreas de mangue e lagoas da região de Florianópolis. São animais geralmente tranquilos, mas que podem reagir de forma agressiva quando se sentem ameaçadas.

Em nota, a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) informou que o ataque à Fabiana trata-se de um caso isolado e que ataques de capivaras são raros de acontecer. O ataque pode ter sido motivado pela capivara ter sido surpreendida com a mulher dentro da água, ambiente que a espécie usa como refúgio e local para reprodução.

“Situações de aproximação inesperada nesse contexto podem desencadear reações de defesa, sobretudo quando o animal percebe risco iminente. Ressalta-se que não se trata de comportamento predatório, uma vez que a capivara é uma espécie estritamente herbívora”, escreveu a Floram.

Ainda conforme a Fundação, não há uma superpopulação de capivaras na ilha, embora os avistamentos do animal estarem sendo mais frequentes. As capivaras são nativas do território e, aos poucos, têm voltado a ocupar espaços naturais e urbanos devido a falta de predadores naturais.



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