Bloqueio do nervo frênico: entenda o procedimento feito em Bolsonaro para conter crises de soluço
Brasil – O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por um bloqueio do nervo frênico após apresentar crises persistentes de soluço, quadro que chamou atenção e gerou curiosidade sobre o método utilizado pelos médicos. O procedimento, pouco conhecido pelo público, é indicado em casos específicos quando o sintoma se torna prolongado e resistente aos tratamentos convencionais.
O nervo frênico é responsável por controlar o diafragma, músculo essencial para a respiração. Quando esse nervo sofre algum tipo de irritação, seja por inflamações, cirurgias, problemas gastrointestinais ou neurológicos podem surgir soluços intensos e contínuos, que vão muito além do desconforto comum.
O bloqueio consiste na aplicação de um anestésico local, geralmente guiada por imagem, com o objetivo de interromper temporariamente os impulsos nervosos que causam as contrações involuntárias do diafragma. Com isso, o soluço tende a cessar quase que imediatamente.
De acordo com especialistas, o procedimento é considerado seguro, minimamente invasivo e realizado apenas quando outras abordagens como medicamentos ou ajustes clínicos não surtem efeito. A técnica costuma ser feita em ambiente hospitalar, com monitoramento médico.
Apesar de parecer simples, médicos reforçam que o bloqueio do nervo frênico não é um tratamento de rotina e só deve ser indicado após avaliação criteriosa, já que o nervo tem papel fundamental na respiração.
O caso de Bolsonaro reacendeu o debate sobre sintomas aparentemente comuns, como o soluço, que podem esconder condições clínicas mais complexas quando persistem por dias. O alerta dos especialistas é claro: quando o soluço deixa de ser passageiro, ele merece atenção médica.
