Bebê de amazonense que quase foi enterrado vivo morre após ser levado ao hospital
Brasil – O caso do pequeno Pedro José, um bebê prematuro de apenas cinco meses de gestação, chocou o Acre e o Amazonas. Declarado morto ainda na sexta-feira (24), ele apresentou sinais vitais durante o próprio enterro, na manhã de sábado (25), em Rio Branco (AC). O recém-nascido chegou a ser levado de volta à maternidade, mas morreu definitivamente na noite de domingo (26), após lutar pela vida por mais de 24 horas.
O bebê é filho do casal amazonense Marcos dos Santos Fernandes e Sabrina Souza da Costa, naturais de Pauini, no interior do Amazonas. O parto ocorreu na Maternidade Bárbara Heliodora, onde, segundo familiares, Pedro José nasceu com vida, mas foi considerado morto minutos depois pela equipe médica.
De acordo com o relato da tia do bebê, Maria Aparecida, o corpo foi colocado em um saco plástico e levado ao necrotério, onde permaneceu durante toda a noite. “Ele foi embalado como se fosse um corpo, mas ainda estava vivo”, relatou a familiar, indignada.
Na manhã seguinte, o corpo foi entregue à funerária Morada da Paz, responsável por preparar o sepultamento. Durante a cerimônia, no Cemitério Morada da Paz, localizado na região do Calafate, o que parecia ser um velório se transformou em um momento de desespero: familiares afirmam ter ouvido um choro vindo de dentro do caixão. Ao abrirem o pequeno esquife, perceberam que o bebê ainda respirava.
O sepultamento foi interrompido às pressas, e o recém-nascido foi levado de volta à maternidade. Pedro apresentava sinais de hipotermia e foi encaminhado imediatamente para a UTI neonatal. Apesar dos esforços da equipe médica, ele não resistiu e morreu às 23h15 de domingo (26).
Em nota oficial, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio da direção da Maternidade Bárbara Heliodora, confirmou o óbito e afirmou que o bebê morreu em decorrência de choque séptico e sepse neonatal. A pasta declarou ainda “profundo pesar” pelo caso, mas não comentou as circunstâncias que levaram à declaração equivocada de morte.
O episódio levantou questionamentos sobre falhas graves no protocolo médico da unidade e falta de rigor nos procedimentos de constatação de óbito neonatal. Familiares cobram investigação e responsabilização dos profissionais envolvidos.
Pedro José, que nasceu, morreu, voltou a respirar e morreu novamente em menos de três dias, tornou-se símbolo trágico de negligência e desumanidade no sistema de saúde pública.
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