Após uma década, Flórida pode voltar a autorizar caça ao urso-negro a partir de 2025

Por Gomes em 13 de agosto de 2025 às 8:48

Mundo – A Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida (FWC) se reúne nesta quarta-feira (13), às 8h30, para votar uma proposta que pode reabrir a caça ao urso-negro no estado pela primeira vez em dez anos. A decisão, cercada de polêmica, tem dividido ambientalistas, caçadores e moradores.

O plano, aprovado preliminarmente em maio, prevê uma temporada de caça regulamentada a partir de dezembro de 2025. O objetivo, segundo a FWC, é “gerenciar a população de ursos de forma conservadora e bem controlada”, mantendo o equilíbrio entre a fauna e o habitat disponível.

A proposta limita a caça a zonas específicas dentro de áreas maiores de manejo de ursos, com licenças distribuídas por sorteio e cotas definidas com base em dados populacionais e na taxa de sobrevivência das fêmeas. A temporada inicial teria duração de 23 dias — do primeiro sábado ao último domingo de dezembro — e permitiria o uso de cães, a caça próxima a pontos de alimentação e um programa voltado a grandes proprietários de terras privadas.

A medida recebeu mais de 10 mil comentários públicos e deve atrair centenas de manifestantes à reunião desta quarta. Grupos como o Bear Warriors United já anunciaram que vão acionar a Justiça para tentar barrar a decisão.

Para os defensores, incluindo gestores de vida selvagem e entusiastas da caça, a população estimada de cerca de 3.800 ursos e o aumento de encontros com humanos — incluindo um ataque fatal no Condado de Collier — justificam a medida. Já os críticos argumentam que a raiz dos conflitos está na destruição do habitat e na má gestão de resíduos, e que matar animais não é a solução.

O presidente da FWC, Rodney Barreto, defende que a caça é “um método biologicamente sólido para desacelerar o crescimento populacional”. Ativistas, por outro lado, classificam a iniciativa como “caça de troféus” e prometem resistência.

Com a votação prestes a acontecer, Havana se torna palco de um embate que pode redefinir a política de conservação da vida selvagem na Flórida pelos próximos anos.

Leia também: