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“Só queríamos um velório decente!”: família enfrenta horas de angústia com demora na liberação de corpo no Hospital João Lúcio; veja vídeo

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“Só queríamos um velório decente!”: família enfrenta horas de angústia com demora na liberação de corpo no Hospital João Lúcio; veja vídeo

Manaus – Uma família viveu horas de desespero no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, na zona Leste de Manaus, após a morte de um parente que teve o corpo preso por horas dentro da enfermaria, ao lado de outros pacientes. Mesmo após o óbito, o corpo do jovem não foi retirado nem encaminhado ao necrotério por falta de assinatura médica, segundo relataram os familiares.

O jovem morreu por volta das 17h, mas, segundo a família, já passava das 22h30 e o corpo ainda permanecia no local, dentro de um saco, sem qualquer providência. “Meu sobrinho morreu e o corpo ficou lá dentro, na frente de todo mundo. Já era quase 23h e ninguém deu uma solução. É uma dor imensa e ainda fazem a gente passar por isso”, contou a tia, emocionada.

Durante a internação, a família também precisou levar materiais básicos, como oxímetro e luvas, por falta no hospital. “A gente teve que comprar até o básico. Agora, depois que ele morreu, nem o corpo querem liberar. É desumano”, desabafou a mãe.

O caso gerou indignação nas redes sociais, onde internautas e pacientes relataram situações parecidas que já viveram no hospital. As reclamações apontam para falta de insumos, demora nos atendimentos e ausência de protocolos que garantam respeito às famílias em momentos de perda.

A denúncia expõe mais um retrato da crise na saúde pública do Amazonas, marcada por falta de estrutura, sobrecarga de profissionais e relatos constantes de negligência. Familiares cobram agilidade, respeito e dignidade no tratamento das vítimas e dos seus corpos.

O silêncio do governo estadual tem ampliado a revolta. O governador Wilson Lima não se manifesta sobre nenhum episódio que escancare as falhas de sua gestão, e a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) também fica em silêncio. Para os pacientes, a omissão do Executivo reforça a sensação de abandono: “até quando o governador vai fingir que não vê o colapso da saúde?”, questionou uma moradora.

Nos últimos meses, a rede estadual de saúde tem acumulado denúncias graves. Recentemente, uma bebê morreu dentro da barriga da mãe após mais de dez horas de espera por atendimento na Maternidade Dona Lindu, também administrada pelo Governo do Amazonas. A jovem chegou à unidade com fortes dores e sangramento, mas, mesmo diante do quadro de risco, foi orientada a retornar mais tarde e não recebeu internação imediata. Quando finalmente foi atendida, já não havia batimentos cardíacos em sua bebê.

Enquanto o governador Wilson Lima posa para fotos e discursos sobre investimentos, a realidade nos corredores dos hospitais é outra: mães choram, pacientes agonizam e corpos são esquecidos. A cada novo caso, cresce a indignação e a certeza de que o caos na saúde do Amazonas não é acidente, é consequência de uma gestão que virou as costas para o povo.

 



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