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Retrato do descaso: enquanto o Governo Wilson Lima gasta com propaganda, pacientes com câncer sofrem nas filas do FCECON; vídeo

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Retrato do descaso: enquanto o Governo Wilson Lima gasta com propaganda, pacientes com câncer sofrem nas filas do FCECON; vídeo

Manaus – A propaganda oficial do Governo do Amazonas tenta vender uma saúde de “excelência”, mas a realidade que bate à porta da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCECON) é de crueldade, abandono e amadorismo. Na manhã desta segunda-feira (29/12), o que se viu no principal centro de tratamento de câncer do estado foi um cenário de guerra: filas quilométricas sob o sol e pacientes oncológicos — já debilitados pela doença — impedidos de realizar suas sessões de quimioterapia.

O motivo? Uma combinação de falha no sistema e negligência na manutenção básica.

Máquina quebrada e sistema fora do ar

Enquanto o governador Wilson Lima prioriza agendas de autopromoção, o laboratório do FCECON opera no limite do colapso. Relatos colhidos no local apontam que a máquina responsável pelo processamento de exames de sangue está quebrada desde ontem. A gravidade aumenta porque o diagnóstico laboratorial é pré-requisito para a quimioterapia; sem o resultado, o paciente não recebe o veneno necessário para combater o tumor.

A advogada Guimarães, que acompanhava a mãe para o tratamento, desabafou sobre a desorganização:

“É um absurdo. A quimioterapia era para ter iniciado às sete da manhã e os pacientes ainda aguardam. A máquina está quebrada desde ontem e só hoje, no horário de expediente, verificaram o problema. Isso é descaso!”

O ciclo da morte: pacientes perdem o dia de tratamento

O erro da gestão de Wilson Lima não é apenas técnico, é humanitário. Pacientes oncológicos que perdem um ciclo de quimioterapia enfrentam um risco real de progressão da doença. No FCECON, a falha no agendamento e a falta de equipamentos reserva mostram que a vida do cidadão amazonense está em segundo plano.

A fila “quilométrica” registrada do lado de fora da unidade expõe a fragilidade de um sistema que não possui sequer um plano de contingência para quedas de sistema ou quebra de maquinário. Se chovesse, os pacientes — muitos em cadeiras de rodas ou com imunidade baixíssima — estariam entregues à própria sorte.

Perguntas que o Governador não responde

  1. Até quando a saúde pública do Amazonas será gerida como um balcão de negócios ou peça publicitária?
  2. Por que não houve manutenção preventiva na máquina de exames no final de semana?
  3. Onde está o investimento em tecnologia para evitar que o “sistema fora do ar” interrompa tratamentos vitais?

O silêncio do governador Wilson Lima e da SES-AM diante do sofrimento no FCECON é ensurdecedor. Para quem luta contra o câncer, o tempo é o recurso mais valioso, e hoje, o Governo do Amazonas roubou o tempo e a esperança de centenas de famílias.



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