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Negligência e erro médico no HPS da Criança Zona Leste em Manaus deixa bebê com princípio de necrose nos braços

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Negligência e erro médico no HPS da Criança Zona Leste em Manaus deixa bebê com princípio de necrose nos braços

Manaus – O que era para ser um atendimento de rotina para tratar uma gripe se transformou em um pesadelo para a família do pequeno Joaquim William, de apenas um mês de vida. Internado no Hospital Geral do Amazonas (HPS) da Criança Zona Leste, popularmente conhecido como “Joãozinho”, o bebê agora luta contra complicações graves após sucessivas tentativas frustradas de procedimentos médicos que resultaram em sinais de necrose e inchaço generalizado.

A agonia da família começou quando Joaquim deu entrada na unidade hospitalar para tratar sintomas gripais. Segundo relatos da mãe, Neide, e de familiares que acompanham o caso, o bebê foi submetido a múltiplas tentativas de coleta de sangue e acesso venoso. Profissionais da unidade teriam “errado” o braço da criança diversas vezes, atingindo possivelmente um vaso sanguíneo importante.

O resultado visual é alarmante: o braço do bebê apresenta um inchaço severo, coloração arroxeada e já começa a apresentar temperatura baixa (extremidade gelada), o que caracteriza um princípio de necrose.

Alertas Ignorados e Suspeita de Hemofilia

Um dos pontos mais críticos da denúncia envolve a negligência quanto ao histórico clínico da criança. A mãe informou à equipe médica que havia uma suspeita de hemofilia (distúrbio que impede a coagulação adequada do sangue). No entanto, segundo a família, a médica responsável ignorou o alerta e prosseguiu com as perfurações invasivas nos braços, pernas e até na virilha de Joaquim.

Diante do agravamento, a família solicitou a transferência imediata para o HEMOAM (Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas), unidade especializada em doenças do sangue, mas o pedido foi negado pela administração do hospital.

A situação atingiu o ápice na noite desta segunda-feira (29). Joaquim, sentindo dores intensas, recusava-se a dormir. Às 23h10, o bebê precisou ser levado às pressas para a sala de reanimação.

A família denuncia que a equipe médica só iniciou protocolos de intervenção mais sérios por volta das 23h40, após os parentes ameaçarem acionar a assistência social, a imprensa e o Conselho Tutelar. Relatos indicam que funcionários do hospital chegaram a desencorajar a família de buscar visibilidade midiática ou apoio legal para o caso.

“Gente, a minha família está desesperada. O bracinho dele está ficando gelado e o corpinho todo inchando. Pedimos muita oração pela vida dele nesse momento”, desabafou um familiar em apelo nas redes sociais.

Providências Legais

O Conselho Tutelar já foi informado sobre a situação e orientou a família a registrar um Boletim de Ocorrência na DEPCA (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente) por negligência e erro médico.

Até o fechamento desta matéria, a direção do Hospital Joãozinho não havia emitido uma nota oficial sobre o estado de saúde de Joaquim William ou sobre os procedimentos adotados pela equipe de plantão. O espaço segue aberto para esclarecimentos da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).



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