Ex-alvo de operação da PF, Bosco Saraiva é cotado para assumir a Suframa
Amazonas – Enquanto Marcelo Pereira assume transição da administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) após a saída do general Algacir Polsin, representando uma drástica mudança do governo Bolsonaro para o governo de Lula, um dos principais nomes cotados para assumir efetivamente a autarquia é o ex-deputado federal Bosco Saraiva (SD).
Apesar de não ter conseguido se reeleger em 2022, Saraiva tem apoio direto de Omar Aziz (PSD), que resiste na indicação do aliado. Após ter tomado uma “pernada” do próprio partido, que optou por colocar Alexandre Silveira (PSD-MG) à frente do Ministério de Minas e Energia, Omar Aziz tem se esforçado para manter o nome de Bosco Saraiva reluzente como nome primário à Suframa.
No entanto os interesses de Omar Aziz novamente esbarram em obstáculos externos, como os anseios de Geraldo Alckmin indicar algum nome da cúpula paulista para a Superintendência. Além disso, há outro obstáculo interno, vindo do próprio Amazonas: o anseio do deputado José Ricardo (PT-AM) tanto pela cúpula de empresários ligada à Zona Franca, quanto da cúpula política regional ligada ao Partido dos Trabalhadores.
Nos bastidores da política, comenta-se que o histórico de Bosco Saraiva também acaba o deixando em desvantagem. Bosco Saraiva já foi preso pela PF em 2004, quando era candidato a vice na chapa de Amazonino Mendes. Na ocasião, a Operação Albatroz investigava crimes de formação de quadrilha, advocacia administrativa e fraude em licitação pública. Já José Ricardo Wendling, apesar de estar ligado a um partido com muitos nomes envolvidos em escândalos de corrupção, continua, até o momento, isento de processos criminais.
