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Bomba: Marcos Valério delata relação do PT com o PCC e revela motivo do assassinato de Celso Daniel; veja vídeo

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Bomba: Marcos Valério delata relação do PT com o PCC e revela motivo do assassinato de Celso Daniel; veja vídeo

Brasil – Trechos inéditos da delação premiada do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza à Polícia Federal contam detalhes sobre a relação do Partido dos Trabalhadores (PT) com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

A matéria publicada pela revista Veja, mostra o operador de pagamentos do Mensalão afirmando que ouviu do então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, as declarações. Segundo Valério, o empresário Ronan Maria Pinto chantageava o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para não revelar detalhes de como funcionava o esquema de arrecadação ilegal de recursos, envolvendo dinheiro clandestino de empresas de ônibus, de operadores de transporte pirata e de bingos.

Veja vídeo com as declarações:

Marcos Valério

No escândalo do mensalão, pelo qual foi condenado a 37 anos de cadeia, atuou como operador de pagamentos a parlamentares em troca de apoio no Congresso ao então recém-eleito governo Lula. Quase dez anos depois de ele ter recebido a maior pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos mensaleiros, VEJA revela trechos inéditos da delação premiada que o publicitário fechou com a Polícia Federal – e que foi homologada pelo ministro aposentado do STF Celso de Mello.

Em um de seus mais emblemáticos depoimentos, Valério afirma que ouviu do então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, detalhes sobre o que seria a relação entre petistas e o Primeiro Comando da Capital (PCC), a principal facção criminosa do país. Segundo Valério, o empresário do ramo dos transportes Ronan Maria Pinto chantageava o então presidente Lula para não revelar o que supostamente seria uma bala de prata contra o partido: detalhes de como funcionava o esquema de arrecadação ilegal de recursos para financiar petistas.

O delator afirma que soube da suposta chantagem contra Lula após conversar Pereira. De acordo com o delator, o então secretário-geral petista o informou que Ronan ameaçava revelar que o PT recebia clandestinamente dinheiro de empresas ônibus, de operadores de transporte pirata e de bingos e que, neste último caso, os repasses financeiros ao partido seriam uma forma de lavar recursos do crime organizado. Valério é claro ao explicar a quem se referia ao mencionar, genericamente, crime organizado: o PCC.

Caso Celso Daniel

Em uma série de depoimentos à Polícia Federal, o operador do mensalão informa que o então prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002 em um crime envolto em mistérios, havia produzido um dossiê detalhando quem, dentro dos quadros petistas, estava sendo financiado de forma ilegal. O que Daniel não sabia, disse o delator aos investigadores, é que a arrecadação clandestina por meio de empresas de ônibus não beneficiava apenas a cúpula partidária: vereadores e deputados petistas que mantinham relações com o crime organizado estavam recebendo livremente dinheiro sujo. Na versão do operador do mensalão, o dossiê elaborado pelo prefeito assassinado simplesmente sumiu. “Ninguém achou esse dossiê mais”, diz.

Políticos envolvidos com o PCC

Após o assassinato do prefeito, afirma Valério, o partido cuidou de afastar os políticos envolvidos com o PCC. “A posteriori, o PT fez uma limpa, tirando um monte de gente, vereador, que era ligado ao crime organizado. Vocês podem olhar direitinho que vocês vão ver que o PT fez uma limpa, expulsando do partido essas pessoas”.

Investigação incomodou coordenador de campanha de Lula

A VEJA tentou falar com Silvio Pereira, que não retornou os contatos. Paulo Okamotto, um dos atuais coordenadores da campanha de Lula, demonstrou irritação ao ser questionado sobre as acusações de Valério sobre ligações do partido com a facção criminosa. “Tem que perguntar para o pessoal do PCC. Eu não tenho nada para te informar sobre isso”, afirmou.

 

Com informações da Veja



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