Arthur Neto será investigado pelo MP por endividamento bilionário durante sua gestão como prefeito de Manaus
Manaus – A gestão do ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto (sem partido), está sendo investigada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) pelo crime de improbidade administrativa em função do aumento do endividamento da capital durante seus dois últimos mandatos.
A portaria de instauração revela que, no período entre 2013 e 2020, a dívida de Manaus saltou de R$ 378,4 milhões para R$ 3,2 bilhões, um aumento de mais de 700%. O documento foi publicado no Diário Oficial Eletrônico do MP-AM do dia 24 de março.
O pedido de investigação foi feito pelo Comitê Amazonas de Combate à Corrupção e a investigação foi aberta pela promotora Sheyla Dantas Frota, titular da 46ª Promotoria de Justiça Especializada em Proteção do Patrimônio Público.
Arthur Neto foi prefeito de Manaus no período de 2013 a 2020.
Dívidas
Durante os últimos dois mandatos de Arthur Neto, Manaus realizou 12 empréstimos que somam R$ R$ 2,5 bilhões, conforme consta no site do Tesouro Nacional.
Em 2016, a prefeitura emprestou U$ 150 milhões, equivalente a R$ 595 milhões nos valores da época, do Banco Internacional do Desenvolvimento (BID).
O recurso foi solicitado com a justificativa de fomentar um programa de consolidação do equilíbrio fiscal para a melhoria da prestação de serviços públicos.
A dívida começou a ser paga em março de 2021. A última parcela do financiamento só será quitada em setembro de 2039.
- Sete dos 12 empréstimos foram feitos entre 2017 a 2020. As outras cinco operações de créditos ocorreram no período de 2013 a 2016, tudo durante a gestão de Arthur.


