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Temor de alta de juros nos EUA faz dólar subir mais de 1%, a R$ 3,54

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SÃO PAULO – O dólar comercial opera em alta nesta quarta-feira influenciado pelo cenário externo e por uma nova atuação do Banco Central (BC) no mercado de câmbio. Às 15h01, a moeda americana era negociada a R$ 3,538 para compra e a R$ 3,540 para venda, uma alta de 1,37% ante o real – na máxima já atingiu R$ 3,557. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi para o terreno positivo, com alta de 0,41%, aos 51.048 pontos.

Pesa para esse mau humor o aumento da percepção de que o Federal Reserve (Fed, o bc americano) voltará a elevar a taxa de juros americanas, o que tente a afetar as Bolsas e as moedas de países emergentes. Depois de um longo período de taxa zero, o Fed fez uma elevação em dezembro, deixando o juro entre 0,25% e 0,50%. Agora, aumenta a aposta de uma nova alta nas reuniões de junho ou julho e uma outra mais para o final do ano.

— Integrantes do Fed já vinha sinalizando uma alta. Além disso, a inflação de abril foi a mais alta em 3 anos e dois meses, em 0,4%. Isso é um alívio para uma das dificultadoras do aumento de juros. Esses dois fatores fortalecem a leitura de que estamos caminhando para dois aumentos de juros ainda neste ano — explicou Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor.

Essa expectativa de alta de juros faz com que os investidores globais busquem dólar e vendam outros ativos de risco, como moedas e ações. “Hoje esse efeito acabou incidindo sobre os mercados da Ásia e, a Europa também ajusta parcialmente para as declarações dos dirigentes do Fed (que sinalizaram a alta). O dólar também mostra valorização frente outras moedas do mundo e agrega maior desequilíbrios na sessão de hoje”, afirmou, em relatório, Álvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais.

O “dollar index”, calculado pela Bloomberg e que mede o comportamento do dólar frente a uma cesta de dez moedas, tem alta de 0,16%.

Internamente, o BC fez um leilão de 20 mil contratos de swap cambial reverso, que equivalem a uma compra de moeda no mercado futuro. A autoridade monetária conseguir colocar a oferta integralmente, em um total de US$ 1 bilhão, o que também ajuda na valorização do dólar. Na terça-feira, a divisa chegou à máxima de R$ 3,529, mas perdeu força e fechou em queda de 0,34% ante o real, a R$ 3,492. A autoridade monetária tem feito intervenções toda vez que a moeda fica abaixo de R$ 3,50.

BANCOS REAGEM

O Ibovespa passou para o terreno positivo após a abertura dos negócios no mercado americano. A reação se deu nos papéis do setor bancário, que possuem o maior peso na composição do Ibovespa. As ações preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco sobem, respectivamente, 2,64% e 1,47%. O BB sobe 1,26%.

Já as ações ligadas à commodities estão pressionadas. Os papéis preferenciais (PNs) da Petrobras estão estáveis, cotados a R$ 9,50, e os ordinários (ONs) tem leve alta de 0,24%, a R$ 12,43, acompanhamento o mercado internacional do petróleo – o barril do tipo Brent passou a operar em alta de 0,45%, a US$ 49,50%. Também registra queda significativa a Vale. A PN recua 1,20% e a ON tem desvalorização de 0,66%.

Na Europa, os principais indicadores do mercado acionário, que estavam em queda, fecharam em alta, seguindo o mercado americano. O DAX, de Frankfurt, subiu 0,54%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, teve alta de 0,51%. Já o FTSE 100, de Londres, fechou praticamente estável, com leve variação negativa de 0,03%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones sobe 0,44% e e o S&P 500 tem variação positiva de 0,59%.


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