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Investidores atentos ao desenrolar político do Brexit

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SYDNEY e NOVA YORK – A libra — que na sexta-feira registrou sua maior queda para um dia ante o dólar — estendeu o recuo na abertura dos mercados asiáticos hoje (noite de domingo no Brasil). O movimento levou outras moedas europeias a caírem, enquanto a inesperada vitória do voto pela saída do Reino Unido da União Europeia no referendo de quinta-feira pesou nos mercados cambiais pelo segundo dia. E as questões políticas devem se tornar o foco.

A cotação da libra caía 1,6% às 7h em Tóquio, a US$ 1,3468, e o euro se desvalorizava em 0,5%. A coroa norueguesa, por sua vez, recuava mais de 2%, também ante a moeda americana. Já a divisa japonesa, comumente comprada em momentos de estresse nos mercados, operava quase estável, a 102,19 por dólar, após chegar a avançar 0,7%. Na sexta-feira, o iene chegou próximo de sua máxima em três anos, a 99,02 por dólar.

MENOS US$ 2 TRILHÕES

Na sexta-feira, já havia sido possível notar a busca dos investidores por ativos seguros, o que fez com que a cotação do ouro também subisse. As incertezas levaram a quedas generalizadas nas Bolsas de Valores, o que fez com que o mercado global perdesse US$ 2 trilhões.

O foco agora está mudando e sendo direcionado para os bancos centrais, enquanto estas instituições buscam uma forma de minimizar os danos nos mercados. Isso também se reflete nas expectativas. Agora, as apostas de que o banco central americano (Fed) vá aumentar os juros em dezembro caiu para 15%. Antes do referendo, 50% esperavam a alta.

— Os desenvolvimentos políticos vão definir, em grande parte, o tom para os mercados nas próximas semanas, e muitas questões continuam sem resposta — avaliou Jason Wong, estrategista cambial do Banco da Nova Zelândia. — A incerteza à frente sugere que um período de apetite moderado por risco deve se desenvolver nas próximas semanas.

Entre os temores no radar dos investidores, está o receito de que os investimentos das empresas tanto na UE quanto na Grã Bretanha serão adiados, agravando a situação nas já fragilizadas economias.

Ninguém sabe exatamente qual será o impacto do Brexit, o que é um grande problema, já que para investimentos de longo prazo as empresas precisam ter uma ideia clara sobre regras de comércio e tarifas, além das regulações, que enfrentarão no futuro. Assim, o voto pela saída do Reino Unido deixou o horizonte ainda mais imprevisível.

Andrew Hood, diretor sênior da Dechert, disse à agência de notícias AP, que grandes empresas de tecnologia e manufatura temem enfrentar problemas se o Reino Unido focar demais em manter os serviços financeiros. Segundo Hood, ele já ficou sabendo de três acordos postos em espera indefinidamente em função do Brexit.


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