Ilan Goldfajn diz que vai mirar ponto central da meta de inflação
BRASÍLIA – O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta segunda-feira que sua missão é deixar a inflação estritamente na meta que, atualmente, está em 4,5%. Durante seu discurso na cerimônia de transmissão de cargo, ele afirmou que sem o controle dos preços, não há retorno de crescimento e aumento do bem estar da população, principalmente, a mais pobre.
Ilan lembrou que são as camadas mais baixas da sociedade que mais sofrem com a remarcação de preços.
— Vamos cumprir plenamente a meta, (…) mirando seu ponto central. Os limites de tolerância server para acomodar choques – frisou.
Ele falou após Alexandre Tombini, que deixou o cargo no fim da semana passada após várias críticas de que foi leniente com a inflação. Ilan disse que além de controlar a inflação, se ela ficar acima da meta e dentro das bandas, é preciso trabalhar para controlar as expectativas. Ou seja, é importante mostrar para o mercado que a inflação retornará para sua meta.
— É fundamental o gerenciamento das expectativas de meta.
Já Tombini listou as adversidades que enfrentou à frente do BC como, por exemplo, a política fiscal que, desde 2012, foi expansionista.
— O balanço das forças foi adversos.
Num longo discurso, ele ressaltou que a inflação só ficou dentro dos parâmetros do sistema de meta nos quatro primeiros anos de seu comando por causa do trabalho do BC. Ele ainda defendeu o programa de swap cambial, venda de contratos que funcionam como uma venda de dólar no mercado futuro.