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Gastos de brasileiros no exterior têm pior desempenho desde 2009

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BRASÍLIA – A posição do dólar frente ao real e o ambiente de crise econômica no país têm levado os brasileiros a gastar cada vez menos no exterior. Em maio, os viajantes deixaram US$ 1,113 bilhão no exterior, o pior desempenho para o mês desde 2009, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central. No mesmo mês do ano passado, os gastos foram de US$ 1,414 bilhão.

No ano, os viajantes gastaram R$ 5,161 bilhões fora do país, 37% a menos do que os R$ 8,291 bilhões de janeiro a maio do ano passado e também o pior resultado desde 2009. O chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel, afirmou que, apesar de continuarem em um patamar inferior ao registrado no ano passado, essa diferença entre as despesas líquidas com viagens entre 2015 e 2016 tem se diluído ao longo do ano:

— Essa contração persiste mas em magnitude menor a medida que avançamos em 2016. Claro, a taxa de câmbio tem papel determinante nesse fluxo. As despesas de viagens são um item que tem uma sensibilidade significativa em relação à taxa de câmbio — disse.

Em junho, as despesas parciais dos brasileiros no exterior (até o último dia 22) foram de US$ 967 milhões. Em junho de 2015 esses gastos foram de US$ 1,648 bilhão.

SETOR EXTERNO

A virada do dólar nos últimos meses, pressionada pelo mercado, que aumentou o câmbio da divisa americana a cada sinal de deterioração política e econômica no ano passado, também afetou as contas externas. Com o real desvalorizado frente ao dólar, as exportações ficaram mais atrativas aos empresários e os gastos com compra de máquinas e equipamentos em dólar cai.

As contas externas fecharam o mês de maio novamente no azul, com um superávit de US$ 1,2 bilhão. Este é o segundo mês consecutivo em que o resultado de todas as trocas de serviços e do comércio do Brasil com o resto do mundo ficou positivo, após sete anos no vermelho. No mesmo mês do ano passado, o resultado havia sido um déficit de US$ 3,4 bilhões.

Nos cinco primeiros meses de 2016, o déficit das chamadas transações correntes caiu 83% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a maio, o resultado ficou negativo em US$ 5,9 bilhões. No mesmo período do ano passado, o rombo era de US$ 35,3 bilhões. Para junho, a expectativa do BC é de que haja um déficit de US$ 1 bilhão, basicamente em função de questões sazonais.

— Em junho, a projeção aponta um déficit de US$ 1 bilhão porque tem uma sazonalidade, um período de entressafra. De toda forma, em termos interanuais, continua tendo resultados melhores — afirmou Maciel.

Por conta dos números melhores do que o esperado, o BC reviu a previsão para para o déficit das chamadas transações correntes para este ano. A projeção para 2016, que antes era de um rombo de US$ 25 bilhões, caiu para um resultado negativo de US$ 15 bilhões.


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