Gasolina volta a ficar mais cara no Brasil do que no exterior, diz Abicom
Brasil – A disparada recente no preço da gasolina voltou a colocar o Brasil acima da paridade internacional, mesmo com o petróleo Brent sendo negociado abaixo de US$ 65 o barril. Segundo levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o produto vendido no País está 5% mais caro do que no mercado externo, situação que abre espaço para importadores lucrarem com a diferença. Já o diesel segue na direção oposta: continua mais barato do que no exterior.
Embora a Petrobras tenha reduzido o preço da gasolina em 4,9% em outubro, o impacto no consumidor final foi mínimo. Nas refinarias da estatal, o diesel permanece sem reajustes há 205 dias, enquanto a Acelen — responsável pela Refinaria de Mataripe, na Bahia — segue com ajustes semanais. Na última semana, a empresa diminuiu o preço da gasolina em R$ 0,02 por litro, mas elevou o diesel em R$ 0,07.
De acordo com a Abicom, o preço médio do diesel nas refinarias da Petrobras está 10% abaixo da paridade internacional, diferença que permitiria um aumento de até R$ 0,31 por litro. Já a gasolina apresenta sobrepreço de 5%, o que poderia justificar uma redução imediata de R$ 0,13 por litro. Considerando a média entre todas as refinarias brasileiras, o diesel está 8% mais barato no País, enquanto a gasolina permanece 5% mais cara.
Nos postos, o cenário não acompanha a dinâmica do mercado internacional. Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que, entre os dias 16 e 22 de novembro, o preço médio da gasolina subiu 0,3%, chegando a R$ 6,18 por litro. O diesel se manteve estável, vendido a R$ 6,06 por litro.
O gás de cozinha também teve alta: aumento de 0,2%, com o botijão de 13 quilos custando, em média, R$ 110,48.
As informações da matéria foram feita com base no conteúdo do Estadão/Denise Luna


