Fraude no INSS: 58 mil aposentados do Amazonas recebem dinheiro de volta após descontos ilegais
Amazonas – Mais de R$ 45,2 milhões já foram devolvidos a aposentados e pensionistas do Amazonas que sofreram descontos associativos indevidos em seus benefícios. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (20) pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Ao todo, 58.127 pessoas no estado já tiveram o valor depositado diretamente na conta onde recebem o benefício.
Nos últimos dias, outros 58.521 segurados amazonenses aderiram ao acordo do Governo Federal, o que representa 58,44% do total de 100.139 aposentados e pensionistas aptos a solicitar o ressarcimento nesta etapa.
Ressarcimentos em todo o país
Em nível nacional, o acordo de ressarcimento já soma R$ 2,1 bilhões pagos a 3,1 milhões de aposentados e pensionistas.
O pagamento é feito diretamente na conta do benefício, corrigido pela inflação (IPCA) e sem necessidade de ação judicial.
Nesta nova fase, mais de 500 mil beneficiários que haviam contestado descontos e aguardavam retorno das entidades poderão aderir ao acordo e receber os valores de volta.
Quem pode aderir
Podem participar do acordo de ressarcimento:
- Quem contestou descontos indevidos e não recebeu resposta da entidade em até 15 dias úteis;
- Quem recebeu resposta irregular (como assinaturas falsificadas ou gravações de áudio no lugar de documentos válidos);
- Quem sofreu descontos entre março de 2020 e março de 2025;
- Quem tem processo judicial em andamento, desde que ainda não tenha recebido os valores — nesse caso, é preciso desistir da ação para aderir.
Como aderir ao acordo
O procedimento é gratuito, rápido e pode ser feito online pelo aplicativo Meu INSS ou presencialmente nas agências dos Correios.
Passo a passo no Meu INSS:
- Acesse com seu CPF e senha;
- Vá em “Consultar Pedidos” → “Cumprir Exigência”;
- Role até o último comentário;
- Marque “Sim” em “Aceito receber” e envie.
A adesão não pode ser feita pela Central 135.
A contestação de descontos indevidos pode ser feita até 14 de novembro de 2025, mas a adesão ao acordo continuará disponível para quem tiver direito após essa data.



