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Fitch: Com ou sem impeachment, rating do Brasil ainda depende de reformas

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NOVA YORK – O foco da agência de classificação Fitch Ratings na avaliação da nota de crédito do Brasil permanece na tomada de medidas fiscais, mesmo após a decisão da Câmara dos Deputados de dar continuidade ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira a diretora-sênior da entidade, Shelly Shetty. E mais, ela diz que a agência levará em conta o impacto que as medidas terão na melhora da perspectiva de crescimento e das finanças públicas e na desaceleração da dívida acumulada do governo.

“Se a presidente fosse impedida ou houvesse uma mudança na administração durante o processo, a avaliação do rating da Fitch permaneceria concentrada em como o cenário de políticas evolui e se sustenta uma correção fiscal efetiva. Além de qualquer realinhamento político no Congresso, nós também consideraríamos como as investigações da Lava-Jato, protestos populares e contração econômica afetam a governabilidade em geral”, informa a autoridade no comunicado.

A Fitch projeta uma contração da economia brasileira de 3,5% este ano e uma retomada de 0,7% em 2017 devido à incerteza política, confiança em queda e desafios externos, com riscos negativos.

A diretora afirma que a votação do projeto de afastamento da presidente reflete a erosão do apoio do Congresso ao governo e o crescimento da possibilidade do impedimento. Em nota, ela aponta que um dos motivos para o rebaixamento da nota soberana do Brasil em dezembro para “BB+” foi o fato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ter aceitado o início do processo de impeachment. A extensão da deterioração contínua do crescimento e das finanças públicas se reflete na perspectiva negativa atribuída à classificação, diz Shelly.

“O impacto combinado de queda de receitas pela contração econômica, crescimento automático de gastos em algumas áreas e menor margens para cortes de despesas discricionárias tornam a reforma da estrutura fiscal um ponto-chave para estabilizar as finanças públicas. Estas permanecem sob pressão”, indica Shelly Shetty.



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