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Em reunião com o BC, analistas não mudam cenário a longo prazo

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BRASÍLIA – A recente mudança de governo não alterou a falta de perspectivas de longo prazo dos economistas do mercado financeiro. Até a equipe do presidente interino Michel Temer explicar como será feito o processo de ajuste fiscal para estabilizar a economia brasileira, não devem ser desenhados cenários para os próximos anos. Foi isso que escutou ontem o diretor de política econômica do Banco Central, Altamir Lopes, na reunião trimestral que tem com analistas. O debate sobre o futuro foi estimulado pelo próprio técnico do BC.

Segundo participantes ouvidos pelo GLOBO, o diretor teria questionado o motivo de os economistas falarem apenas de estimativas de curto prazo. A resposta dada foi direta:

— São tantas as incertezas ainda que ninguém está pensando no longo prazo — disse um dos presentes com a condição de anonimato.

No entanto, ficou claro entre os participantes que essa é uma condição que pode ser revertida com o anúncio de medidas críveis pelo governo do presidente interino. E as previsões podem ancorar-se rapidamente.

“À medida que ficar claro como será o ajuste, as expectativas serão ancoradas rapidamente” — justificou um dos economistas.

Semanalmente, o Banco Central mostra a pesquisa feita com os analistas das principais instituições financeiras do país. A primeira Focus divulgada após a mudança de governo teve poucas alterações nas projeções econômicas. Mais uma vez, a perspectiva para o crescimento piorou: passou de uma retração de 3,86% para 3,88% neste ano. Para 2017, a aposta de é de uma tímida recuperação. A projeção crescimento foi mantida em 0,5%.

No relatório, a mudança mais acentuada foi registrada na Selic para 2017, que caiu de 11,75% ao ano para 11,50% ao ano. Para este ano, a taxa básica de juros ficou mantida em 13% ao ano pela segunda semana.

OCIOSIDADE NA INDÚSTRIA

Na contramão das expectativas para o crescimento — que podem melhorar com o anúncio de medidas — Altamir Lopes ouviu que dificilmente o investimento retornará rapidamente. A justificativa dada pelos analistas é que há muito espaço ocioso na indústria.

— Ficou claro que a expectativa é de uma volta ao crescimento bem lenta — frisou uma fonte.

O diretor ainda ouviu que o dólar deve aumentar no fim do ano com elevação de risco no mercado internacional. Os presentes não tocaram no assunto de mudanças no comando do BC. A pergunta sobre quem será o sucessor de Alexandre Tombini, presidente da autarquia, não foi feita por ninguém.

— Economista é um bicho tímido — comentou um dos economistas.


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