Diretor do Goldman Sachs teve a maior remuneração de Wall Street em 2015
NOVA YORK – O diretor-geral do banco de investimento Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, recebeu US$ 30 milhões em 2015, tornando-se o banqueiro com a maior remuneração em Wall Street no ano passado, segundo documento anual da instituição apresentado para acionistas nesta sexta-feira. Apesar do farto contra-cheque, o montante sofreu queda de 3% na comparação com 2014.
Blankfein ganhou um salário fixo de US$ 2 milhões, um bônus de US$ 6,3 milhões e US$ 14,7 milhões em opções sobre ações. Para fechar a bolada, o executivo foi premiado em 15 de janeiro do ano passado com US$ 7 milhões que serão desembolsados durante oito anos se a companhia atingir certas metas.
Diretor-geral da empresa desde 2006, o executivo foi o mais bem pago entre os seis maiores bancos de Wall Street pelo quarto ano seguido, apesar da redução de 31% nos lucros do Goldman Sachs no ano passado. O retorno sobre patrimônio (ROE, em inglês) da instituição financeira foi de 7,4% no período — queda de 34% frente a 2014.
No ano passado, o banco foi sancionado com uma multa de US$ 5 bilhões por ter vendido, no período entre 2005 e 2007 uma carteira de títulos de hipotecas residenciais, ou seja, hipotecas convertidas em produtos financeiros que posteriormente geraram grandes perdas aos compradores.
Após Blankfein, a maior remuneração é de Jamie Dimon, diretor-geral do JP Morgan, o primeiro banco dos Estados Unidos em ativos, com US$ 27 milhões recebidos em 2015 (alta de 35% em um ano). Em seguida, vem o chefe do Morgan Stanley, James Gorman, com US$ 21 milhões (queda de 6,7% frente a 2014) e John Stumpf, do Wells Fargo, que ganhou US$ 19,3 milhões — o mesmo que no ano anterior.
Gary D. Cohn, presidente do Goldman Sachs, e Harvey M. Schwartz, diretor financeiro, e Michael Sherwood, vice-presidente, foram contemplados com prêmios de longo prazo de US$ 6,7 milhões, o que elevou a remuneração total de cada um para US$ 27 milhões.