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Contas externas registram resultado positivo pela primeira vez em 7 anos

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BRASÍLIA – As contas externas ficaram no azul pela primeira vez desde abril de 2009. Segundo o Banco Central, o resultado de todas as trocas de serviços e do comércio do Brasil com o resto do mundo ficou positivo em US$ 412 milhões no mês passado. O governo já esperava uma virada nos números, por causa da alta do dólar e da recessão, mas ela veio antes do estimado.

— O resultado trouxe alguma surpresa. Os números apontavam para isso, mas veio mais cedo do que a gente estava esperando — revelou o chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel.

No ano, o déficit das chamadas transações correntes é de US$ 7,2 bilhões. No mesmo período do ano passado, o rombo era de US$ 31,9 bilhões. Ou seja, de um ano para outro, o ajuste do déficit das contas externas foi de nada menos que 78%.

Essa mudança estrutural nas contas externas brasileiras foi causada pela alta do dólar, que aumenta a atratividade das exportações para os empresários e ainda inibe os gastos em moeda americana como aluguel de equipamentos e importações.

— A balança comercial teve resultados melhores que os esperados inicialmente – ele ressaltou que a melhora ocorre mesmo com a queda de preços no mercado externo por causa do aumento de quantidade de produtos exportada pelo Brasil.

Isso é um bom sinal porque mostra um aumento da atividade das companhias brasileiras. Pelo menos as empresas que exportam aumentam a produção. Enquanto isso, a recessão no país faz a maioria das empresas comprarem menos insumos de fora e isso melhora os números das contas externas:

— A reversão das contas externas foi causada pelo dólar e pela queda da atividade econômica — explicou Maciel.

Por causa dessa melhora mais acelerada dos número, o BC deve rever suas projeções no mês que vem. O chefe de departamento frisou que a aposta para o déficit das transações correntes que está em US$ 25 bilhões para este ano está conservador demais e deve ser diminuído.

Mesmo envolto numa crise política e econômica, os investimentos estrangeiros continuaram a fluir. O país recebeu U$ 6,8 bilhões no mês passado: alta de 18% em relação a abril de 2015. Já no quadrimestre, entraram no Brasil US$ 23,8 bilhões. Isso representa 25,5% a mais que no mesmo período do ano anterior. Segundo o BC, isso compensa em parte a dificuldade das empresas de rolarem suas dívidas com o exterior.



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