Comércio entre Brasil e EUA acumula US$ 55 bilhões até setembro de 2023
Mundo – O comércio entre o Brasil e os Estados Unidos continua a ser um dos principais pilares das relações econômicas internacionais, mesmo diante de variações nos números ao longo dos anos. Nesta sexta-feira, 13 de outubro, o Monitor do Comércio Brasil-EUA, elaborado pela Amcham Brasil, divulgou dados que apontam para uma marca significativa: o comércio bilateral atingiu a impressionante cifra de US$ 55,5 bilhões acumulados até setembro de 2023, marcando o segundo maior resultado na série histórica, ficando atrás apenas do recorde do ano anterior.
Em uma comparação com 2022, a corrente bilateral de comércio mostrou uma queda de 17,4%, sendo impulsionada por uma redução expressiva de 26,5% nas importações, representando uma diminuição de US$ 10,4 bilhões. Por outro lado, as exportações brasileiras tiveram uma queda mais modesta, registrando uma redução de 4,5%.
Segundo a Amcham Brasil, o desempenho excepcional no ano anterior foi influenciado por uma combinação de preços internacionais mais elevados e um aumento nas trocas de alguns produtos energéticos, o que proporcionou os resultados positivos. Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, observou que “a redução nas trocas bilaterais até o momento está concentrada em alguns poucos setores.”
Entretanto, ele também destacou que, de maneira geral, o comércio entre Brasil e EUA continua a ser dinâmico, com crescimento na maioria dos produtos, especialmente nos itens de maior valor agregado e intensidade tecnológica. O documento da Amcham Brasil também aponta para um aumento na importância relativa dos bens industriais nas exportações do Brasil para os EUA, que cresceu de 78,5% para 81,6%.
No que diz respeito aos produtos mais vendidos, cinco dos 10 principais produtos exportados pelo Brasil para os EUA registraram aumento no valor durante este período. Destacam-se os combustíveis de petróleo (106,9%), sucos de frutas (58,5%), equipamentos de engenharia civil (40,5%), celulose (9,1%) e semiacabados de ferro ou aço (7,0%).
Por outro lado, entre os produtos importados pelo Brasil dos EUA, houve um aumento significativo em instrumentos e aparelhos de medição (22,5%), motores e máquinas não elétricas (14,6%), aeronaves (13,0%), polímeros de etileno (1,9%) e inseticidas e fungicidas (0,1%).
Uma das notícias mais positivas é a redução do déficit comercial do Brasil com os Estados Unidos, que diminuiu 80% em comparação com o mesmo período de 2022, passando de US$ 11,5 bilhões para US$ 2,3 bilhões. Essa mudança indica uma tendência positiva na balança comercial entre os dois países.
Em resumo, embora tenham sido observadas variações nas importações e exportações, o comércio Brasil-EUA continua a ser um motor vital para as economias dos dois países, contribuindo para o crescimento e a estabilidade econômica. A parceria comercial entre essas duas nações permanece sólida, mesmo em um ambiente global de desafios econômicos.