Brasileiros consomem mais de 1 bilhão de copos de cerveja no Carnaval
Brasil – O Carnaval brasileiro é sinônimo de samba, fantasias e, claro, cerveja gelada. Paixão nacional, a bebida é a companheira inseparável de foliões em blocos, desfiles e festas pelo país. Neste ano, estima-se que os brasileiros tenham consumido mais de 1 bilhão de copos de cerveja durante os cinco dias de festa, uma quantidade tão impressionante que, se enfileirados, os copos dariam quase duas voltas na linha do Equador. Mas além da animação, esse mar de cerveja também reflete um impacto econômico significativo.
O mercado brasileiro de cerveja é um gigante: são 15 bilhões de litros produzidos anualmente, o equivalente a cerca de 42 milhões de litros por dia. Considerando o clássico copo americano — aquele de 190 ml que reina nos bares do país —, isso significa que, diariamente, os brasileiros enchem aproximadamente 220 milhões deles. No Carnaval, porém, a festa eleva esse número a outro patamar. Entre a sexta-feira que abre a folia e a terça-feira oficial, os cinco dias de celebração resultam em 250 milhões de litros consumidos, ou seja, 1,1 bilhão de copos.
Para se ter uma ideia da dimensão, imagine esses copos alinhados, um ao lado do outro. Com cada copo ocupando cerca de 7 cm de largura, a “corrente etílica” se estenderia por 76 mil quilômetros — quase o dobro dos 40 mil quilômetros da linha do Equador. É como se o Brasil exportasse sua alegria em forma de cerveja para dar duas voltas ao redor do planeta!
Mas quanto isso representa em reais? Vamos às contas. O preço médio de uma cerveja no Carnaval varia bastante: em bares e blocos de rua, um copo pode custar entre R$ 5 e R$ 10, dependendo da região e da marca (sem contar as “latinhas” vendidas por ambulantes, que muitas vezes saem mais em conta). Tomando uma média conservadora de R$ 7 por copo, os 1,1 bilhão de copos consumidos gerariam uma movimentação de cerca de R$ 7,7 bilhões ao longo dos cinco dias de festa.
Esse valor, no entanto, não considera apenas o consumo direto. A cadeia da cerveja no Carnaval envolve produção, distribuição, venda e até os impostos que incidem sobre a bebida. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), o setor cervejeiro responde por cerca de 2% do PIB nacional, movimentando bilhões anualmente. No Carnaval, esse impacto é turbinado: bares lotados, estoques reforçados e vendedores informais nas ruas fazem girar uma economia que vai além do copo na mão do folião. Estima-se que, somando os gastos indiretos (como transporte e mão de obra temporária), o “efeito cerveja” na folia possa ultrapassar os R$ 10 bilhões.
Claro, beber com moderação é o conselho de sempre — mas o que é “moderação” para um país com cerca de 150 milhões de adultos? Se cada um tomasse apenas um copo por dia durante o Carnaval, já seriam 750 milhões de copos. O extra de 350 milhões mostra que tem gente caprichando no “esquenta” (e no “rescaldo” também). Em cidades como Salvador, Rio de Janeiro e Recife, onde a folia mobiliza milhões de pessoas, o consumo per capita pode dobrar ou triplicar durante os dias de festa.
Enquanto os copos se multiplicam e os reais circulam, uma coisa é certa: a cerveja no Carnaval é mais do que uma bebida — é parte da cultura, do calor humano e da energia que faz o Brasil pulsar. Seja em um bloco de rua ou na arquibancada de um sambódromo, o brinde gelado une foliões e aquece a economia. Então, erga seu copo (com responsabilidade!) e celebre: o Carnaval de 2025 já deixou sua marca — e um rastro de espuma que dá volta ao mundo.


