Brasil terá 15ª maior dívida global até o fim da década, aponta FMI; veja dados
Brasil – O país caminha para encerrar a década de 2020 com uma das maiores dívidas públicas do mundo, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). O país deve alcançar a 15ª posição no ranking global de endividamento público, subindo 20 colocações em relação a 2021. Essa será a pior posição do Brasil neste século, com a dívida pública se aproximando de 100% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos.
Entre mais de 180 nações monitoradas pelo FMI, o Brasil estará entre as 20 com maior endividamento, refletindo desafios fiscais crescentes. A escalada da dívida, impulsionada por déficits fiscais persistentes e elevados gastos públicos, coloca o país em uma situação delicada em um contexto econômico global instável.
Desemprego em alta indica desaceleração econômica
Além das preocupações com a dívida, o Brasil enfrenta sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho. Dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (30.abr.2025) mostram que a taxa de desemprego subiu para 7% no primeiro trimestre de 2025, ante 6,2% no último trimestre de 2024. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua aponta que o aumento da desocupação reflete uma desaceleração da atividade econômica, com menos pessoas empregadas na força de trabalho ativa.
A taxa de desemprego, que mede a proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa, é um importante indicador da saúde econômica do país. O resultado do primeiro trimestre sugere dificuldades para manter o ritmo de recuperação observado em anos anteriores, o que pode agravar os desafios fiscais.
O aumento do endividamento e a deterioração no mercado de trabalho colocam o Brasil diante de um cenário complexo. Equilibrar as contas públicas, controlar a dívida e estimular a geração de empregos será um desafio crucial para o governo nos próximos anos. Sem reformas estruturais e medidas eficazes para impulsionar a economia, o país corre o risco de consolidar sua posição entre os mais endividados do mundo, com impactos de longo prazo na qualidade de vida da população e na confiança dos investidores.
