Amazon pode comprar fatia de empresa de transporte aéreo
NOVA YORK – A Amazon pode comprar uma fatia de até 30% em uma grande empresa de transporte aéreo, seu segundo negócio do tipo este ano, enquanto a gigante do e-commerce aumenta seus esforços para controlar sua própria logística de entrega. Pelo acordo, a Atlas Air Worldwide vai operar 20 aeronaves Boeing 767-300 para a Amazon, disse a aérea nesta quinta-feira. A parceria duplicaria a frota aérea da Amazon para 20 aviões.
As ações da Atlas chegaram a disparar 50% após o anúncio. Os termos definem ainda que a Amazon recebeu garantias para comprar até 20% das ações da aérea a US$ 37,50 cada ao longo de um período de cinco anos. E há a opção de comprar mais 10% em até sete anos. Sob os termos do acordo, a Atlas está aumentando sua frota de aeronaves em 40%, de 49 aviões registrados no fechamento de 2015.
O acordo com a Amazon transformaria a Atlas, que opera uma rede de transporte aéreo de cargas. O CEO da empresa, William Flynn, afirmou que a parceria deve começar ainda este ano e expandir para operação total até 2018.
Os planos da Amazon em ampliar sua rede de entrega buscam reduzir a dependência de empresas como a FedEx e a United Parcel Service ao passo que a companhia aumenta seu serviço de assinaturas “prime”, que oferece prazo de entrega de até um dia. Em conferência para divulgação dos resultados financeiros trimestrais na semana passada, o diretor financeiro da Amazon, Brian Olsavsky reiterou que a empresa pretende complementar, e não substituir, a capacidade dos sócios.
A empresa poderá usar os aviões para acelerar o transporte de estoque — principalmente eletrônicos de pequeno porte — pelos Estados Unidos para atender a picos de demanda, o que aliviaria a dependência da FedEx, afirma Jarrett Streebin, CEO da EasyPost, empresa de São Francisco que ajuda varejistas a coordenar o envio de entregas. As aeronaves ajudam a companhia a concluir entegas rápidas sem o custo de manter estoque excedente em cada armazém pelo país.
— Claramente trata-se de cortar a FedEx, e ajudaria a gerenciar o estoque — sustenta Streebin. — A FedEx está provavelmente pressionando.