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Zé Ricardo e Salazar “pulam do barco” do PT de Lula e do PL de Bolsonaro para fazerem parte do “balaio de gato” de Rodrigo Guedes na CMM

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Zé Ricardo e Salazar “pulam do barco” do PT de Lula e do PL de Bolsonaro para fazerem parte do “balaio de gato” de Rodrigo Guedes na CMM

Brasil – A política manauara amanheceu em polvorosa com o anúncio de uma aliança inesperada que envolve figuras de espectros ideológicos opostos. Zé Ricardo (PT), conhecido por sua longa trajetória progressista, uniu-se ao ultradireitista Sargento Salazar (PL) para apoiar Rodrigo Guedes (Progressistas) na disputa pela presidência da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Essa improvável aliança tem levantado questionamentos sobre coerência, princípios e interesses políticos que movem os bastidores da eleição da Mesa Diretora.

Contradições e alianças inusitadas

Zé Ricardo, que por anos consolidou sua imagem como um defensor ferrenho dos valores do PT e crítico das pautas conservadoras, agora se encontra lado a lado com Sargento Salazar, um declarado apoiador do bolsonarismo. A justificativa oficial é a necessidade de “fortalecer a independência do parlamento”, mas essa explicação não convence boa parte dos eleitores, especialmente os progressistas que veem na decisão um desvio flagrante dos princípios que Zé Ricardo sempre pregou.

Por outro lado, Salazar, eleito com uma expressiva votação de 22.594 votos, afirma que seu apoio a Guedes visa afastar a Câmara Municipal de Manaus da influência de David Reis (Avante).

Um “balaio de gato”

Rodrigo Guedes, o nome que une as pontas desse arco improvável, defende que a aliança reflete a busca por um parlamento independente e transparente, no entanto sem nenhuma coerência partidária e moral. Além disso, a composição deste grupo heterogêneo mais parece um “balaio de gato” do que uma união ideológica coerente. Reunir representantes do petismo histórico e do bolsonarismo fervoroso sob uma mesma bandeira soa mais como estratégia de sobrevivência política do que compromisso com princípios claros.

A decisão já começou a repercutir negativamente entre militantes e eleitores de ambos os lados. Para os progressistas, Zé Ricardo enfraquece o discurso de oposição ao aceitar uma aliança com figuras que representam tudo o que ele sempre combateu. Para os conservadores, a proximidade de Salazar com um petista de longa data também gera desconforto e dúvidas sobre sua verdadeira postura política.

Nas redes sociais, eleitores de Zé Ricardo expressaram desapontamento com o que chamaram de “traição ideológica”. Já apoiadores de Salazar ironizaram a aliança, questionando como um defensor do bolsonarismo pode dividir palanque com alguém que representa o petismo.

Eleições da presidência da CMM

A votação para presidência da Câmara acontece no dia 1º de janeiro, logo após a posse dos 41 vereadores eleitos. Rodrigo Guedes tentará desbancar David Reis, atual favorito, com o apoio de figuras como Zé Ricardo e Salazar.

A questão que fica é: a quem interessa essa aliança tão improvável? Se, por um lado, a independência do parlamento é um discurso forte, por outro, a lógica política de alianças que contradizem valores gera descrédito e confusão entre os eleitores. Na prática, quem perde é a coerência, vítima de um jogo político em que ideologias são colocadas de lado em nome de estratégias de poder.



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