Vereador Amauri Gomes instiga violência e radicalismo na manifestação dos professores na Ponta Negra
Manaus – Na noite desta quinta-feira (20/11), a manifestação dos professores na Ponta Negra, que se iniciou de forma pacífica, foi desvirtuada e radicalizada após a intervenção do Vereador Amauri Gomes (UB). O parlamentar teria disseminado um boato alarmista que transformou o protesto pacífico e uma ação de fiscalização rotineira das autoridades municipais em um confronto violento.
A confusão não tinha relação com as pautas do protesto, mas sim com uma infração de trânsito. A Guarda Municipal e o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) tentavam remover um carro de som que estava estacionado em uma área proibida. O veículo, que estava irregular desde 16 de agosto e já havia sido autuado pela Semmas, recusou-se a acatar a ordem de realocação.
O Vereador Amauri Gomes se envolveu na situação. Após conversar com agentes no local, ele teria voltado aos manifestantes espalhando uma informação falsa:
“O vereador (…) voltou lá para o carro de som e disse que o cara ia ser preso. E que o carro dele ia ser apreendido, o carro de som. Aí, pronto, aí inflamou mais ainda.”
Na verdade, a ação da fiscalização se limitava a aplicar multa e realocar o carro. Contudo, o boato de prisão, atribuído ao vereador, inflamou os ânimos, desvirtuou o propósito da manifestação e gerou confronto.
O protesto que serviu de palco para o incidente era uma resposta dos professores à Lei Complementar nº 27, de 19 de novembro de 2025, sancionada na quarta-feira (19).
A nova legislação altera o regime de previdência, elevando a idade mínima para 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) e exigindo 25 anos de contribuição.
Professores terão regras específicas, como 30 anos de trabalho para homens e 25 para mulheres.
A Asprom Sindical criticou a reforma, afirmando que ela “dificulta muito as condições de aposentadoria” e põe fim à integralidade do vencimento.
CMM diz que a reforma é necessária
A Câmara Municipal alega que recebeu estudos técnicos que mostraram que, sem a reforma, o RPPS poderia enfrentar dificuldades financeiras nos próximos anos, colocando em risco o pagamento dos benefícios e a estabilidade previdenciária.
Com a nova previdência municipal, Manaus estaria em alinhamento às normas gerais do Ministério da Previdência Social (MPS) e às diretrizes nacionais para que estados e municípios atualizem suas regras previdenciárias.




